O EQUÍVOCO DO ILUSTRE RUI BARBOSA.

Entre alguns “causos” que aconteceram envolvendo a a nossa língua portuguesa há um, cujo personagem principal é o nosso egrégio Rui Barbosa. Sabe-se que ele ficava muito triste e preocupado quando ouvia ou simplesmente via alguns erros simples ou graves ferindo a língua portuguesa em qualquer sentido. Ou seja, falada, escrita em qualquer circunstância e não deixava passar em branco este tipo de relapso, procurando sempre corrigir a pessoa infratora com educação e respeito. Conta-se que, certo dia, ele resolveu sair em busca de alguns comerciantes que estampavam placas ou faixas com erros de português e logo os solicitava para corrigi-los. Então, nesta oportunidade após percorrer algumas ruas do seu bairro e sanado com êxito algumas dúvidas e erros, ao chegar no final do seu expediente, eis que ele, talvez já exausto pelo calor do final do dia de trabalho e com a vista cansada leu uma determinada placa e nem percebeu que no escrito de uma determinada placa estivesse faltando um pequeno acento agudo e resolveu falar com o dono do estabelecimento para cumprimentá-lo: “Boa tarde, gostaria de parabenizá-lo pelo título que o senhor escolheu para a sua oficina”. “Não estou entendo o que o senhor está querendo dizer, ilustre Rui Barbosa” - respondeu o alfaiate todo nervoso. “É o seguinte: é que gostei do título ÁGUIA DE OURO que o senhor pôs no título da sua oficina”. “Bem, acho que está tendo algum engano, pois o nome da minha oficina não é este que o senhor acabou de falar não senhor!”. “E qual é então” - perguntou o grande mestre Rui Barbosa. Então respondeu o humilde alfaiate: “Foi até a minha mulher quem escolheu o nome; pois como trabalhamos muito com a aguia, costurando muito, botamos aí: AGUIA DE OURO e não ÁGUIA como o senhor falou agora”.

- O senhor desconsidera apenas os parabéns que lhe dei e vamos corrigir a placa da sua oficina, escrevendo o correto: Oficina AGULHA DE OURO, e muito obrigado.