Não podemos abandonar os que nos foram caros* (04/06/2019)
Causou-me tristeza ver o busto do patrono e primeiro presidente da Associação Comercial e Industrial de Patos, Pedro Izidro da Nóbrega, caído ao chão.
Não era para ele estar sempre ali, de vigília a cuidar de todos os seus, à porta da ACIAP, solene e eterno?
Sim. Mas, um motorista irresponsável derrubou o monumento, atropelando a história.
O episódio foi rapidamente comunicado à prefeitura que demorou a resgatar o senhor Pedro Izidro que, mesmo estátua, é homenagem e por isso merece respeito.
Alegou a secretaria de serviços públicos que estava processando a retirada do material, incluindo a transferência do busto, depois da perícia e identificação do autor, flagrado pelas câmeras de segurança da rua.
A família do agropecuarista e fundador daquela "casa do comércio" cobrou o imediato reparo do seu ente querido, para que assim volte a figurar no lugar que lhe é devido, por honra ao mérito.
Não pode um caso fortuito perdurar sem a necessária restauração da ordem, simplesmente, por não ser prioridade. Corram lá, senhores do poder! Ergam o que se foi derribado, pois não podemos abandonar os que nos foram caros.
Sepultar os mortos que já estão mortos é negar-lhes a glória dos dias pretéritos, e é dever do Estado preservar a memória daqueles que, pelo exemplo, serão sempre lembrança.
Que volte a figurar o mais rápido possível em seu púlpito de pedra o busto do homenageado, para que a minha vergonha não seja maior que a minha indignação.