FUGAS
Às voltas com as panelas, no preparo da refeição, os versos surgem e vão se encaixando num belo poema, que, por certo, escreverei. Fico agitada. Não posso perdê-los. Por experiência, sei que os danados costumam fugir.
Desligo o fogo.
Certifico-me de que os queimadores estão apagados e corro, literalmente, ao computador, ligado.
Algo, na telinha, prende minha atenção.
O tempo passa.
Quando volto à cozinha, lembro-me de que havia versos a serem escritos.
Porém...