EM FÉRIAS
PAÇOS DO CONCELHO DE VIANA DO CASTELO
Como referi em tempo no meu perfil, desde o final de semana passado que aproveitei alguns dias de férias, coisa que não havia usufruído desde há três anos, devido à doença, infelizmente fatal, do meu padrinho.
Fui direito ao norte do país, passando por Aveiro - a Veneza de Portugal, depois o Porto, a segunda cidade do país e em franca expansão turística, muito à custa do rio Douro. Tornou-se quase um ritual que quem visita aquela cidade sobe o rio em confortáveis barcos, na generalidade dos casos até cerca de metade do percurso em território nacional - este rio nasce em Espanha e atravessa Portugal até atingir o oceano atlântico. O regresso é feito de comboio a vapor, seguindo pela margem mesmo junto ao rio, usufruindo de paisagens maravilhosas.
Um dia depois foquei a minha atenção na cidade de Viana do Castelo, onde se realizam anualmente os festejos da Senhora da Agonia. Considero-a uma das cidades mais atrativas do país, em todos os aspetos - os desfiles de mulheres com muito ouro pendurado ao pescoço, grossos cordões do metal precioso, evidência da sua riqueza material, bem como os trajes lindíssimos, cheios de cor e exuberância.
Exemplo da sua gastronomia são as papas de sarrabulho feitas à base de carne de porco, previamente conservada em banha, misturada com grelos salteados, batatinha pequena frita, arroz de sangue de porco, tudo regado com um magnífico vinho verde da zona, servido bem fresco; este é apenas um exemplo de comida caseira à disposição de todos, mas há outros manjares - posta mirandesa, capão (galo) assado, bacalhau à narcisa, etc. A lista é grande.
Salto propositadamente os doces, pois se focarmos os conventuais, com receitas datadas de mais de dois séculos, originários de mosteiros e conventos onde frades e freiras os criavam, estes são uma verdadeira perdição mas excessivamente ricos em açúcar e fios de ovos, por exemplo, daí muito calóricos.
A serra da Boa Viagem, local muito aprazível e o mais visitado da zona, pela sua vista de 360º quer para terra quer para o mar.
Através de uma simpática peixeira ambulante, fiquei a conhecer a principal lenda da cidade:
"Reza a tradição que havia uma princesa que morava num castelo de pedra tão grande e lindo que ninguém lhe ficava indiferente.
Os habitantes da região vinham de propósito para admirar tão belo castelo e também a sua igualmente linda princesa.
Era uma moça encantadora, de faces rosadas, olhos claros e de louras tranças. No entanto, a princesa era bastante tímida e sempre que pressentia alguém escondia-se.
Um dia, a princesa apaixonou-se por um rapaz que vivia no outro lado do rio, e vinha à janela para o ver.
O jovem, também ele apaixonado, sempre que a via à janela ficava tão contente que gritava para que todos o ouvissem. "Vi a Ana! Vi a Ana do Castelo!". Tantas vezes o jovem repetiu a frase que passaram a chamar
"Viana do Castelo" à terra onde a princesa morava."
Depois estive dois dias em Moledo, praia de eleição do litoral nortenho, mas esse relato ficará para uma outra crónica.
Fui direito ao norte do país, passando por Aveiro - a Veneza de Portugal, depois o Porto, a segunda cidade do país e em franca expansão turística, muito à custa do rio Douro. Tornou-se quase um ritual que quem visita aquela cidade sobe o rio em confortáveis barcos, na generalidade dos casos até cerca de metade do percurso em território nacional - este rio nasce em Espanha e atravessa Portugal até atingir o oceano atlântico. O regresso é feito de comboio a vapor, seguindo pela margem mesmo junto ao rio, usufruindo de paisagens maravilhosas.
Um dia depois foquei a minha atenção na cidade de Viana do Castelo, onde se realizam anualmente os festejos da Senhora da Agonia. Considero-a uma das cidades mais atrativas do país, em todos os aspetos - os desfiles de mulheres com muito ouro pendurado ao pescoço, grossos cordões do metal precioso, evidência da sua riqueza material, bem como os trajes lindíssimos, cheios de cor e exuberância.
Exemplo da sua gastronomia são as papas de sarrabulho feitas à base de carne de porco, previamente conservada em banha, misturada com grelos salteados, batatinha pequena frita, arroz de sangue de porco, tudo regado com um magnífico vinho verde da zona, servido bem fresco; este é apenas um exemplo de comida caseira à disposição de todos, mas há outros manjares - posta mirandesa, capão (galo) assado, bacalhau à narcisa, etc. A lista é grande.
Salto propositadamente os doces, pois se focarmos os conventuais, com receitas datadas de mais de dois séculos, originários de mosteiros e conventos onde frades e freiras os criavam, estes são uma verdadeira perdição mas excessivamente ricos em açúcar e fios de ovos, por exemplo, daí muito calóricos.
A serra da Boa Viagem, local muito aprazível e o mais visitado da zona, pela sua vista de 360º quer para terra quer para o mar.
Através de uma simpática peixeira ambulante, fiquei a conhecer a principal lenda da cidade:
"Reza a tradição que havia uma princesa que morava num castelo de pedra tão grande e lindo que ninguém lhe ficava indiferente.
Os habitantes da região vinham de propósito para admirar tão belo castelo e também a sua igualmente linda princesa.
Era uma moça encantadora, de faces rosadas, olhos claros e de louras tranças. No entanto, a princesa era bastante tímida e sempre que pressentia alguém escondia-se.
Um dia, a princesa apaixonou-se por um rapaz que vivia no outro lado do rio, e vinha à janela para o ver.
O jovem, também ele apaixonado, sempre que a via à janela ficava tão contente que gritava para que todos o ouvissem. "Vi a Ana! Vi a Ana do Castelo!". Tantas vezes o jovem repetiu a frase que passaram a chamar
"Viana do Castelo" à terra onde a princesa morava."
Depois estive dois dias em Moledo, praia de eleição do litoral nortenho, mas esse relato ficará para uma outra crónica.