Contador de Estórias      
 
  
 
               Pois é. Na realidade cada um com sua mania, enquanto a minha é descrever sobre o que gosto e amo fazer. E pensando desta maneira posso dizer que temos que nos amar primeiro, gostar do que tem, e do que faz, e dar o melhor de si para somente depois alçar grandes voos. Posso dizer que eu amo tanto essa vida, que ás vezes me vejo louco por ela. Nem todas às vezes estamos passando por melhores momentos, nem tampouco por piores que sejam.
          Mas temos que ver que a cada dia renascemos. E assim contamos mais uma nova história.  Contador de Estórias é assim, não se deixa vencer. Ele sabe que é preciso amar como se ele fosse o último dos amantes na face da terra. Este tem que saber chegar mostrando qual a diferença entre o joio e o trigo. 
Contar sua própria história, e assim questionar: o que seria do homem se não fosse à mulher?... 
          Este que quer cada vez mais vê-la sorrir, e mesmo não sendo pretencioso chorar por causa de palavras que possa massagear seu ego.

Simplesmente porque não gosta de ver ninguém sofrendo, enfrentando crises existenciais. É triste, né? ...
              Eu a cada dia que passa, eu amo. Amo o que me rodeia, e vejo cada sonho acontecer pelo fato de amar todo santo dia, o dia todo. E sei que ela é quem me faz feliz, e tudo acontece sempre do jeito que Deus quer. 
          E assim seu sorriso inebria, e seus olhos fascinam de tanto resplendor. Ela é para mim mensagem divina, é a certeza que o caminho que sigo continua certo. E ninguém irá nos deter. E juntos podemos alçar os mais longínquos voos.  Transpassar os limites da nossa imaginação. Porque sempre seremos aquele que acreditamos num Deus presente, onipotente e onisciente que aqui estamos para servir.  

          Ás vezes por nada nos mostramos indiferentes, mas se não houver essa quebra, se não houver nenhum contragosto nada fará sentido. Tem que haver algum contratempo, não é?...
          É o tempero bom da coisa. Danado é que eu percebo que sou aquele mais afoito, aquele mais arisco, e de repente alheio às situações adversas. Onde nem sempre estou satisfeito, nem sempre sou aquele que dantes se encontrava perfeito.  Decerto que nada vem ser do jeito que você quer e por não se importar tanto esquece de tudo que já combinamos fazer, e quando isto acontece, me vejo fulo.
          Entretanto, você já percebe que o que mais amo é esse seu jeito estúpido.   Esse seu modo de ser são os desafios que encontro pela frente. E que por isto eu tenho que de fato contornar as maiores pedras no nosso caminho para não nos machucar. E tanto fazemos, que com a força do coração sabemos o quanto é bom sermos amado, e consequentemente amar um ao outro.
          Não sou tão perfeito, bem sabes se assim tanto imagino, mas somamos muito bem a cada momento. Já não vivemos cercados por fantasias extasiantes, e fazemos crer que vivemos a realidade e nos afastamos de ilusões. Se assim podemos crer no amor. 
 
CRÔNICA DO LIVRO " OCEANOS " do Ano de 2017 
Alexandre d' Oliveira