Por onde anda X?
X visitava com frequência minhas páginas na rede. Entre uma curtida e outra, tecia comentários amáveis. Eu postava apenas coisas de amor; imagens de rios e cachoeiras, flores em profusão.
Em 2016, ano do golpe parlamentar-jurídico-midiático, construí barricadas virtuais. Passei a postar artigos em defesa da democracia; em defesa do Estado de direito... Percebi que X parara de vir à minha time life. Raramente, a bem da verdade, eu ia à sua página. Ao retornar, para retribuir as visitas, descobri que me bloqueara. Não chorei, nem lamentei, afinal, cada um e cada uma faz o que julga melhor.
Ao me lembrar de X, sinto um aperto no peito. Amigos e amigas em comum me disseram que enquanto eu defendia a democracia, na virtualidade, X vestia a camisa da CBF e seguia o Pato Amarelo. Ah, na camisa a frase: Bandido bom é bandido morto.
Se alguém tiver notícia de X, avise-me. Antecipo agradecimentos.
Obs.: Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoa viva ou morta é mera coincidência.