QUERO SER QUE NEM ANINHA
Ysolda Cabral 



E por falar na saudade dos Jornais de papel que ainda existem, mas que ninguém se importa ou faz questão de ler, hoje,  na volta do almoço,ao passar na frente do estacionamento do Crea-PE, o qual passa a ser espaço para feira livre toda terça-feira, lembrei da feira de minha cidade natal, Caruaru, que ainda existe, porém não é a mesma de minha época.

Parei ali e fiquei olhando, no presente, o meu  passado e a única coisa que vi, inclusive fotografei, foi a minha amiga e colega de trabalho, Adv. Ana Rita Falcão, comprando umas hortaliças com a alegria que eu sentia diante das bancas de doces e bolos variados que faziam gosto a gente ver, comer e comprar, se quiséssemos, e, se não, podíamos comer à vontade e não pagar. A gente dizia assim: quero uma provinha e ela vinha tantas vezes aguentássemos repetir. Isso acontecia todos os sábados na feira de minha mocidade.

Ah, tempo bom! Ah, feira farta, linda e apetitosa! Tudo tão saudável que a gente podia comer sem nem precisar lavar as frutas e nem as verduras. E os doces? Eram mágicos! Eles não engordavam. A prova viva era eu. Movida por doces, bolos e coca-cola, - a fabrica era bem na minha rua – não passava dos 59 kg. Depois de vir morar no Recife, nem é bom falar!…. Os bolos e doces daqui são muito cruéis! – Eles engordam.

Mas, voltando à alegria da minha amiga, digo que, senti saudade da minha alegria que me deixou sem eu saber quando e nem por quê.

Acho que vou esquecer essas lembranças, os bolos, doces e passar a consumir hortaliças e ficar feliz e magra que nem Aninha.

 
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Feira Livre do Crea-PE

(Chamam Feira de Orgânicos)
Em 20.08.2019
Apenas  Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza, ou saudade sem pudor.

www.ysoldacabral.blogspot.com/