Emoções Ressuscitadas
Compreendo as pessoas que, devido a problemas pessoais e até por ter sofrido discriminação social, se afastaram de sua terra natal e não quiseram mais voltar. Fixaram residência e outro lugar e fizeram dele sua nova pátria. Conheço alguns casos. É triste, mas é uma verdade. Dolorida.
Há ainda os que saíram por contingências da profissão, para fazer carreira onde havia mais oportunidades, para ascender na vida. Mas estes não esqueceram suas raízes e nem guardam mágoa de sua terra natal. sempre retornam, de ez em quando aparecem para matar as saudades, dar um abraço na terrinha.
Acho que mesmo sndo vítimas de perseguição u discriminação u seja de quaisquer problemas, a pessoa não perde totalmente o vínculo com sua terra. Alguma coisa fica dentro dela vivo e bulindo. Não sei se são saudades ou resquícios delas. Mas o amor telúrico marca indelevelmente e para sempre. Juro.
Estava dando uma geral em algumas velhas pastas de recortes e anotações quando me deparei com um trecho de uma crônica de um grande escritor pesqueirense, Luiz Cristovão dos Santos que sintetiza de modo arretado o que estou tentando comentar. Ele escreveu:
"Na verdade ninguém esquece s caminhos da infância, o pequeno país que ficou sepultado na bruma. Todo homem guarda no coração a mensagem que lhe entrou pelos olhos mal-abertos para os mistério da vida. O importante, porém, é reconquistar a paisagem perdida. Encontrar, novamente, os velhos caminhos. E por eles andar de alma alegre, vendo o desfilar das emoções ressuscitadas".
Ah, o amor telúrico pela nossa patriazinha. Adro essa expressão "emoções ressuscitadas". Sou um menino grande. Inté.