PAQUERA OU NÃO. EIS A QUESTÃO.
A cena aconteceu num vagão do metrô. O ambiente estava tranquilo. Bem próximo do lugar onde eu estava, duas jovens se sentaram e uma delas com uma criança, por sinal, muito bonitinha e esperta que chamava a atenção de qualquer pessoa, chegando a ofuscar um pouco a beleza das moças.
Eis que numa determinada estação entrou um rapaz muito simples, o qual logo começou a puxar conversa com uma das moças como se quisesse descobrir quem seria a mãe daquela criança tão linda. E em pouco tempo ficou sabendo e no desenrolar da conversa ficou até sabendo onde aquelas jovens moravam, se trabalhavam ou não. Ao mesmo tempo falou um pouco da sua vida, onde morava, o que fazia, etc. Mas tudo dentro de um contexto, um diálogo aceitável e que não dava para ninguém desconfiar se os três já se conheciam ou não. Mas, quando ele ofereceu o telefone, ao mesmo tempo em que pediu que ligassem no horário comercial uma dúvida ficou no ar. Aquele papo já estava parecendo mais o princípio de uma paquera do que outra coisa.
Se a moça ligou ou não isto ninguém ficou sabendo e se a intenção do rapaz era a melhor possível também ninguém tinha certeza, pois poderia ser o começo de uma paquera ou, quem sabe, um meio autêntico de ajudar a alguém. Tudo é possível. Como se costuma dizer, ele jogou a “isca”, agora se atingiu o seu objetivo, isto só Deus sabe. O certo é que, num ambiente público assim como o vagão de um trem ou metrô tudo pode acontecer. Basta que se preste atenção ao que acontece ao seu redor.