As máscaras* (28/06/2019)
Quando fecham-se as cortinas, as personagens aparecem. A quem julgar pelos erros cometidos? Mesmo a verdade sendo o enredo principal, pois é imutável...- Adoramos a mentira. E sem encontrar aplausos que apoiem o distúrbio, enganamo-nos a nós mesmos. Sustentamos isso com a maior das interpretações. E somos obrigados a seguir adiante, caracterizados e conscientes de quê aquilo é o melhor papel de nossas vidas.
Nunca deixamos cair a máscara, por não enfrentarmos a realidade e pela falta de coragem de aceitarmos ser quem somos. E a vida torna-se um grande teatro, de tipos pérfidos e filosofia desigual. Mas, nem que seja uma única vez, encontramo-nos com nós mesmos, numa passagem entre o palco e a coxia. E nos é exigido o protagonismo, feito prestação de contas da nossa banalidade existencial. É quando se instala em nós a vergonha, como um sinal para toda a vida e marca da ruína interior.
E também para reforçar que padecemos de nós mesmos.