EXÉQUIAS A EDUCADORA SALOA ADAS
Soube só agora do falecimento da educadora e gostaria de prestar-lhe esta homenagem póstuma em sua memória.
Mal acabado de bacharelar em Letras, soube que a escola de Guaiçara estava em busca de professor de Português há quase um mês. Isso em 1974, para o período noturno.
Apresentei-me e fui contratado para 20 aulas semanais.
A então Diretora, dona Saloa, preocupada com o iniciante, deu-me todo apoio. Mas quando soube que era também advogado, funcionário do BB e escrevia nos jornais, ficou aliviada.
Ao apresentar-me aos alunos, enfatizou que estavam sem professor há 20 dias e eu vinha socorrê-los. Por isso, recomendava tratar-me com carinho.
Assim, durante um ano, foi aquela loucura. Saía do banco às 18 h, mastigava algo e corria para a escola para iniciar as aulas às 19,15h. O salário era bem compensador. O professor era bem remunerado naquela época. Comparando: trabalhava no banco 8 horas diariamente e com 10 anos de casa, o salário era inferior ao que auferia como professor numa jornada de 4 horas noturnas.
No ano seguinte, apesar de ser convidado pela dona Saloa para continuar, não aceitei.
Já tinha tido boa e última experiência como professor.