As nossas Margaridas* (12/08/2019)
A margarida é uma flor popular. Por ser muito bonita é usada em decorações de casas e jardins. A margarida também é conhecida por outros nomes, como: bem me quer, mal me quer. É uma planta perene, herbácea e que têm caules divididos.
Existem mais de 20 mil variedades de margaridas. Mais ou menos a quantidade de mulheres que marcham para Brasília, esta semana, contra a demarcação das terras indígenas, criminalização dos movimentos sociais, pacote anticrime e violência contra as mulheres. Embora, à época Vitoriana o nome margarida fora designado às moças meigas, nesse ato legitimo, onde essas muitas flores estarão reunidas, os olhos de todas elas desabrocharão ao amanhecer e ficarão vigilantes por toda a vida. “Pois é melhor morrer na luta que morrer de fome.”
Assim como a flor que decide o destino do amor, as nossas margaridas estarão preparadas para lutar com pureza, bondade, paz e afeto. A margarida é delicada e por isso pode ser atingida por várias pragas. Mas, as piores doenças são mesmo: o absolutismo, o autoritarismo e a ditadura institucional que afrontam a democracia e destroem a dignidade humana.
As margaridas não podem ser cultivadas nos solos muito úmidos, uma vez que as sementes não germinarão. Bem diferente da nossa Margarida de sobrenome bandeira de luta. Que plantada em Alagoa Grande, na Paraíba, cresce no coração dessas mulheres, às quais emprestam os seus rostos para assombrar os algozes que destruíram o dela... - Com aquela execução sumária, na presença do marido e do filho, em 12 de agosto de 1983, dia de misericórdia no mundo inteiro.
Reza a lenda que: “uma criança pequena fez um pedido ao céu no meio da noite. Ela pediu as estrelas que se convertessem em flores para que pudesse brincar com elas. Quando a menina acordou percebeu muitas margaridas prateadas no seu jardim”.
Viva Margarida Maria Alves. Viva o Brasil dos direitos iguais!