Santistas Históricos

Somos todos santistas; quem viu ou sabe por ouvir dizer, não olvida, ainda que fique dormente num cantinho da memória; do coração.

Santos! Eterno.

Há, é claro, os chamados “Santistas Notáveis”, declarados, históricos. Nesta extensa lista constam nomes como Fausto Silva, Cléber Machado, Milton Neves, José Rico, Chitãozinho, Mano Brown, Zeca Baleiro, João Victor, Luizinho Trocate, João Dória, Mário Covas e congêneres. O Dr. Sócrates, Geraldo Alckmin, Evandro Mesquita (eu ouvi o Evandro dizer que seu 1º time é o Santos, depois o Fluminense, acredito nisso não, time pra mim é um só, mas vá lá), e há a imensa torcida anônima espalhada pelo mundo, essa sim me fascina!

Toco nesse assunto porque futebol é sempre assunto, mas acordei pensando em outro tema – venho constatando que a chamada Elite Cultural brasileira sofre de um mal, no mínimo (pra não dizer inusitado), constrangedor, ou seja, ausência de Cultura.

A internet – e sua abertura pra que as pessoas se exponham / exponham suas ideias - deixa isso muito claro. O que me despertou para o tema foram os ridículos textos nos “comentários”, logo após manchetes, onde transborda tanta estupidez, vai daí, num mais amplo apanhado, percebe-se que o desconhecimento merece um apanhado mais amplo e respinga na dita Elite que de elite tem muito pouco. Quando surge alguém filosofando um tom acima da média todos babam; é carnal isso, mais que cerebral, eu diria!

Otto Lara Resende teria dito que “todo brasileiro é expert em qualquer assunto nos primeiros cinco minutos de papo”, se o Otto não disse isso exatamente assim deveria ter dito, porque é isso mesmo. E, esquecendo críticas e filosofando um pouquinho que eu também gosto disso, ouvi um sermão onde o Padre atribuiu ao Papa Francisco a seguinte frase – o que nos enriquece não é o que acumulamos, mas o que doamos. Não custa. Disseminar conhecimento, depois de adquiri-lo, óbvio, também é doação. Ponto!