PESQUISA DE MERCADO.

De repente, estou novamente no paraíso.

Não... Perdoe-me, não era isso que eu ia dizer, na verdade lá não é o paraíso, nem era para eu definir assim. Não existe paraíso nesta terra, o único que um dia existiu o homem o corrompeu. Melhor começar de outra maneira.

De repente, estou novamente ao inferno.

Não... Definitivamente não... Isso ficou horrível, por pior que pareça ser, definir aquele lugar como ‘inferno’, é pesado demais. Lá existem pessoas que se comportam como verdadeiros demônios, mas, passam longe de realmente sê-lo. Permita-me uma nova abordagem..

De repente, estou novamente lá.

Confesso... Essa não é a melhor das definições, mas, dadas às circunstâncias do assunto é a melhor que encontrei. Quero preservar a identidade dos meus 'colegas', correligionários de trincheira. Desejo unicamente contar-lhes certos detalhes de um assunto nada didático, no entanto, é por demais... Como vou dizer... Um assunto para lá de esquisito e engraçado. É isso o que rola na conversa de homens em certos momentos no horário de trabalho. Então, vamos ao que interessa.

Caríssimos amigos leitores, ainda está em tempo de desistir da leitura...

Já que insistem...

O meu amigo lança uma pergunta a outro colega, isso, enquanto cada um realizava sua tarefa:

- Ô fulano, responde uma coisa.

- Sim, pergunte.

- Qual o tamanho do seu...

- É sério que você quer saber o tamanho dele?

- Então - retomou o autor da pergunta - o meu tem quinze centímetros.

- Sei lá o tamanho do meu pênis, eu nunca medi, acho que quinze, dezesseis, sei lá, qualquer coisa assim.

- E o seu beltrano.

Sem pensar veio o resposta a queima roupa.

- Onze. Nem mais nem menos.

Pausa para risadas, piadas, e coisas que não poderei mencionar aqui. Passando uns instantes, nos recompomos, a pergunta retorna ao terceiro candidato.

- E o seu Ciclano?

Outra resposta direta e na lata.

- Dezenove e meio.

- Como é que é? Tá de brincadeira né, ô pé de mesa, dezenove e meio… Caramba…

De repente, do nada aparece nosso chefe, e adivinhe… Não, a conversa não parou por aí senhores. À mesma pergunta lhe foi direcionada também.

- Ô chefe, estamos fazendo uma pesquisa rápida aqui, diz uma coisa, qual o tamanho do seu… Documento… O beltrano tem onze, acredita, onze, eu acho que ele tá mentindo, ele tem cara de ter mais, agora o ciclano tem dezenove e meio, acredita... Dezenove e meio, é muita coisa.

Confesso que não escutei a resposta do chefe, a conversa nada convencional e cheia de risadas deteve-se nesses pormenores e maiores dos candidatos presentes. O ciclano na tentativa de melhorar a situação argumentou novamente.

- Veja só pessoal, a média do brasileiro, em noventa por cento dos entrevistados é de quatorze a dezesseis centímetros, vocês estão na média, exceto o de onze… Sem revestimentos colega.

Sem perder tempo, o protagonista de toda essa conversa contra atacou.

- Então quer dizer que você é o único estragado aqui, fora da média, três pernas… Sei…

Mais risadas, comentários, e o dia seguiu o seu curso, ou melhor, veio a noite, fim de turno de trabalho, e muita risada.

Essa foi a pauta daquele domingo, eu, como sempre, buscando um assunto para próxima crônica, não perdi a oportunidade de retratar esse pequeno momento de distração e alegria em meu tão corrido e tenso dia de trabalho.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 11/08/2019
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