CRENÇA. DESCRENÇA. RUMOS DO BRASIL.

Amanhã, dia dos Pais, sempre celebrados. Sobre o meu tracei um pequeno perfil de sua vasta obra, e transcrevi:

“A pátria não é ninguém; são todos...Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acovardam, mas resistem, mas sofrem,mas esforçam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.”

Ainda que estejamos inflados pela descrença que a história acreditada e conhecida, e por ela alimentados, atemoriza a todos, temos que discutir ao menos para expurgar nosso interior, caminhos e ocorrências.

Aflorar na crítica, valor pensante mais alto da dialética, os andamentos do que e por que (?) da condução da nação nas gestões atuais, impõe-se.

Apontam como remédio para todas as dores e males a “mágica” previdência social, que quase sucumbiu à capitalização, felizmente afastada, mas que tudo resolverá, e cujo passivo já abordei outras vezes, residindo no indevido uso da verba de seguridade (contingenciamentos, como a ponte Rio-Niterói, construída com dinheiro da previdência), mais a afronta do direito atuarial,pois recebe quem nunca pagou, caso de assistencialismo necessário - idosos - que a nação deve cobrir, os cofres do governo, não a verba da previdência, dos segurados, e a ausência de cobrança dos grandes devedores aliado às fraudes contínuas internas.

Ficção e frustração como anteriormente ocorreu com esse falso salvacionismo, como indicaram peritos da mais alta envergadura em trabalho para a Associação dos Magistrados Brasileiros.

Em 2003, para salvar a previdência, quebrou-se a espinha dorsal da Constituição em seu artigo 60 e seguintes, derrubando direitos fundamentais. Tentativa iniciada com a gestão de FHC, derrotada, repetida no primeiro mandato do PT a derrota, e alcançada a aberração jurídica no segundo mandato petista. O tal “mensalão”, de todos conhecido, compra das consciências congressuais, fez aposentados continuarem pagando aposentadoria paga toda a vida, E TAMBÉM OS PENSIONISTAS. Pensão é fruto de pecúlio, essa “RENDA” tributada pela modalidade de contribuição, não é renda, renda é originada do capital e do trabalho ou juntos.

E QUEREM SALVAR, DE NOVO, A PREVIDÊNCIA, PIOR, MINIMIZANDO AS PENSÕES, AUMENTANDO EXORBITANTEMENTE ALÍQUOTAS; CONFISCO RECONHECIDO POR ESSA CORTE HOJE DISCUTIDA EM TODOS OS NÍVEIS; STF.

Agora, fala-se em FAZER VOLTAR A CPMF com outras roupagens. O PIOR DOS TRIBUTOS, CUMULATIVO NO CICLO DE MERCANCIA, COM BASE DE CÁLCULO ILEGÍTIMA, PURA EXCRESCÊNCIA. E não mais poder ser abatido no imposto de renda despesas com saúde e educação. Em troca uma pequena redução de alíquota para pessoas físicas no IR, com saldo gigante para o haver do Estado. Ignomínia...

Nas balbúrdias em que vivemos de um passado recente, que frequenta os tribunais na escuridão das gestões conspurcadas julgadas e condenadas, em sofríveis bancadas judiciais onde reina o desencontro além do desejável jurisprudencialmente, onde ao invés do areópago das antigas Cortes onde a sobriedade sobejava, assistimos a disputa da vaidade secundada da celebração dos palcos reservados aos artistas. Não mais os autos, mas as lentes para os magistrados se manifestarem...

Se a alternativa na eleição foi fugir do SAQUE PÚBLICO ANTERIOR sufragando uma credibilidade de um nome que ainda se sustenta na crença, em um nome limpo de anátemas violadores dos dinheiros públicos, isso não arrefece a tomada de posição para expor e execrar aspirações legislativas menos sadias, enevoadas pelo embuste de dizer o que muitos desconhecem e poucos enxergam longe. Não queremos o verbo chulo de exposição desnecessária, compromeendo a investidura do cargo, nem o engano que a história conhece e faz repetir. Queremos a total revogação de mordomias, cobrança de grandes devedores, tributação de fundos fechados, pouca cena, menos atores e mais utilidade.

O saque de gestões anteriores com inexistência de possibilidade de escolha de nomes limpos ou sóbrios, alternativos, criando um cheque-mate para sufrágio único daqueles que não compactuam nem defendem corruptos, não autoriza legitimidade para exacerbar direcionamentos indesejáveis, nem discursos indevidos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 10/08/2019
Reeditado em 10/08/2019
Código do texto: T6716882
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