Na barbearia
Seu Rodrigues é o barbeiro onde corto o cabelo. É cearense, pequenininho, bom de conversa.
Veio para o Pará jovem. Deve estar hoje com uns 70 e poucos anos. Vou perguntar-lhe a idade.
Usa diminuto espaço para atender os clientes, e há apenas uma cadeira para quem terá o cabelo cortado.
Outro dia fui lá dar um trato na cabeleira.
Gosto da técnica dele, Rodrigues. E das histórias que conta.
Cheguei, havia alguém fazendo a barba.
No aparelho de som músicas antigas, anos 1960. Eram boleros.
Li num decalque colado na parede. Estava escrito: “Na falta de amor e carinho, cerveja e vinho”.
Bem, essa solução não é a mais prudente. Até agora ainda exista quem, sem os dois itens (amor/carinho), procure a bebida.
Não termos amor e carinho é amargo.
Mas, fazer o quê? Bem, procurá-los, correr atrás. Ou esperá-los, não se desesperar.
E bebida alcoólica não nos faz bem. Para alguns, aqueles que bebem socialmente, tudo bem, não tem problema.
Falta de amor e carinho, sobre isso creio eu que é preciso aprender a conviver com essa carência, numa boa.
Logicamente que a frase é mais para descontrair, uma brincadeira.