CONDUTAS E ESCOLHAS DOS OUTROS. PROCESSO EDUCATIVO.

Estrutura principal do fio de conduta na vida é a família, após a escola como coadjuvante. Na base de tudo a lei que se estabelece no direito natural, no que é certo ou errado.

Essas balizas nos chegaram das Doze Tábuas romanas, com antecedências nas tradições formais cogentes de todas as raças e credos, políticos e religiosos. O certo e o errado, o justo e o injusto.

Nada dessa base de normas conseguiu nem conseguirá balizar uma harmonia social sem vincos de desgaste nas relações que desembocam em conflitos de interesses, todos.

Nem mesmo a severidade e aspereza da retribuição punitiva das leis, fez ou faz salvar escolhas e condutas. Nem exemplos e perfis de constrangimento da execração pública das condenações inibem o cometimento da continuidade de violações.

Mesmo diante desse quadro muitos se arrogam em professorar pautas e agendas de como se deve viver. Qual a utilidade? Nenhuma!

Essas setas de pretensão apontam para OS OUTROS. A vida dos outros é só dos outros, seus interiores são céus ou pântanos onde não nos é dado caminhar ou conhecer. É uma ousadia indicar caminhos não caminhados,DESCONHECIDOS, a lágrima e a alegria, embora haja boa vontade na professoral indicação, assim se crê. Somente quem conhece espinhos pode mitigá-los ou enlevar-se no sonho das festas vividas.

Mas muitos, principalmente hoje, diante da possibilidade que se agigantou na comunicação, incorporam essa investidura não conferida por ninguém, ausente de didática por impossível formalização objetiva, e muitíssimo menos, subjetiva.

Se esquecem que os muros interiores são invioláveis, a alma de alguém é única, almas são indevassáveis, e nelas estão as forças que semeiam a devastação, a ruína e a morte, incapazes de construir por vezes, e não permitem acesso. Também lá pode estar só a ideia do amor englobando a floração das almas predestinadas que trabalham para iniciativas que o tempo não destrói, ao contrário, abençoa.

Esta é a cidade ‘intra muros” dos outros, com escolhas e condutas que só o estatuto pessoal de cada um conhece, modifica ou revoga, mudando ou fazendo permanecer. O resto é discurso estéril e um tanto infantil que se deita nas janelas da comunicação hoje abertas para gregos e troianos.

É como nas democracias soberanas onde o eixo é a justiça. Se essa realidade profunda falhar, falseando seu exclusivo objetivo, todo o sistema cairá em paralisia, desordem e subversão. É o que temos visto. A “traditio”, a tradição concentrada nas regras e normas, não tem realizado sua objetividade, EM TODAS AS NAÇÕES. É como na escolha pessoal, mera analogia. Se toda essa fenomenologia normativa vivida pela história até sob coerção, nada resolve com realização objetivada para as sociedades, como enquadrar essa listagem de condutas para OS OUTROS vistas em portas e janelas nos dias atuais pela WEB?

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/08/2019
Reeditado em 08/08/2019
Código do texto: T6715544
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