Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?* (18/07/2019).
O Ministério Público da Paraíba (MPE) recomendou à Federação Paraibana de Futebol (FPF) a suspensão dos jogos de quarta-feira (17), do campeonato sub-19 e do próximo domingo (21), do sub-17.
Logo essas duas competições que deveriam ser exemplos, pois são formativas... - "Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?" Meninos que se lançam no esporte por ver naquilo a chance de mudar de vida, ficaram constrangidos com o ocorrido.
Sabe o que houve? Ou melhor, o que não houve? Ambulâncias, médicos e enfermeiros, nas praças esportivas paraibanas. Além disso, os clubes não estão cumprindo o estatuto do torcedor quanto à segurança nos estádios.
Está marcada para esta quinta-feira (18), uma reunião com representantes da FPF, presidentes dos clubes que disputam os dois campeonatos, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Regional de Engenharia e agronomia (CREA-PB), Sindicato dos Arbitros e Associação dos Cronistas Esportivos da Paraíba (ACEP).
Em pauta, a assinatura de um termo de compromisso para o cumprimento do estatuto do torcedor, que estabelece que "é dever do mandante do jogo solicitar ao poder público a presença de agentes de segurança para garantir a integridade física do torcedor, dentro e fora dos estádios".
Mas, essa informação, todos já não sabem? E por que não o fizeram antes? Quem liberou o início do campeonato sem considerar e fiscalizar as condições dos estádios?
Se repararmos direito, faltam bem mais coisas ao futebol paraibano: compromisso, competência, critérios técnicos e profissionalismo.
Ao convivermos com esses vexames de falta de organização e estrutura gritantes, continuaremos a acumular derrotas dentro e fora de campo, por muito mais tempo.
Ou se reformula o esporte, por completo – priorizando a pratica desportiva em detrimento da política conservadora dos dirigentes de clubes e da federação – Um pacto envolvendo, sociedade, iniciativa privada e poder público, ou continuaremos perdendo para nós mesmos.
Os governos veem o esporte como discurso eleitoral, não como políticas públicas; eu já vejo como prioridade. Sem investimento maciço e um planejamento profissional, continuaremos no amadorismo em qualquer que seja a competição realizada.