DETIDA NA ESTRADA
Nesse domingo frio de (11graus) em Sampa, acessei diversas páginas dos amigos poetas do nosso Recanto das Letras. Alguns textos falando da vida em outros questionando a morte...
Lembrei - me de uma passagem triste que passou à cômica dessa minha vida...rs
Nos anos oitenta fui acometida de um câncer renal, operada contra a vontade dos médicos que preferiam eliminar a doença através de tratamento. Exigi a cirurgia onde extirpei um rim e recuperei o outro.
O diagnóstico médico era 99% de não sobreviver a cirurgia. Agarrei no 1% no afã de viver e cumprir dignamente essa missão ...
Mas o tormento da morte não parou por aí. Passado um mês, no retorno ao médico, ele sentenciou:
- Você não ficou na mesa de cirurgia , mas não se iluda, pelos seus exames, vc não tem um ano de vida...
Sentença dada o jeito foi me encher de determinação e coragem pra seguir enfrente...
Consultei outros médicos, novos exames, o mesmo diagnóstico persistia...
Sem desistir do tratamento médico.- Agarrei-me na minha fé em Deus, em todos os Santos e tb em algumas crenças. Aquela altura valia tudo...rs
Indicaram - me uma benzedeira em Pouso Alegre - MG - que além de benzer fazia uma "garrafada" milagrosa...
Eram poucos kilometros de estrada, pensei:
- Saiu no domingo bem cedo, pego a Rodovia Fernão Dias vou e volto numa boa não tem erro...rs
Ah, um simples detalhe: rs
A minha CNH estava vencida e os documentos do carro estavam no despachante para renovação da placa.
Mesmo assim, me enchi de coragem e coloquei o pé na estrada...rs
Na volta, perto do meio dia, encontrei um baita congestionamento na estrada, uma viatura veio na minha direção e o guarda se chegou a mim...rs
Consciência pesada! Antes que ele falasse alguma coisa eu abri a carteira com algumas notas de valor alto e ofereci a ele...Ó Deus! rs
Aprumei o peito e perguntei:
- Quanto o Sr. quer pra me deixar seguir viagem pq estou sem os documentos? rs
Ele me mandou encostar o carro e segui- lo até o Posto Fiscal.
Chegando lá ele chamou todo seu efetivo no pateo, me deu a maior bronca, me perguntando quanto eu achava que valia cada divisa da sua farda?
Era um Coronel que passando pelo Posto da Av. Tiradentes, soube do acidente, não conseguindo falar com o efetivo na Estrada, resolveu ir pessoalmente...
Pra mim naquele domingo o Coronel havia brigado com a esposa e chutado o cachorro...kkk
Ele me parou para dizer que havia um acidente grave na estrada mais à frente. rs
Depois da bronca na frente de todos ainda servi de mau exemplo aos guardas que tb foram advertidos...
Fiquei detida, sentada na recepção junto com um senhor bêbado que tb foi detido na estrada...rs
Como se não bastasse a bronca, não parou por aí...
As minhas dores aumentaram eu precisei pedir a chave do carro, para pegar meu estojo de injeção, para me aplicar uma dose de "morfina"...rss
Quase que o Coronel tem um "treco" com o meu pedido...kkk
Perguntou:
- vc sabia que para aplicar entorpecente precisa de autorização policial? rs
Respondi:
- Sei, sim! A autorização está aqui com os devidos registros...rs
Continuei sentada naquele posto fiscal até o fim da tarde aguardando a viatura de Mairiporã, cidade próxima, para nos levar "detidos" pra Delegacia. Eu e o colega infrator bebinho que só...rs
Quando o Coronel foi embora do Posto, deixou ordem para que me dispensassem com as devidas recomendações, prometi não agir mais daquela forma...rs
Até hoje não entendo as divisas das fardas...rs
Garanto que aquele Coronel não me esqueceu tão cedo...rs
Eu continuo VIVA seguindo a minha vida...rs
Nesse domingo frio de (11graus) em Sampa, acessei diversas páginas dos amigos poetas do nosso Recanto das Letras. Alguns textos falando da vida em outros questionando a morte...
Lembrei - me de uma passagem triste que passou à cômica dessa minha vida...rs
Nos anos oitenta fui acometida de um câncer renal, operada contra a vontade dos médicos que preferiam eliminar a doença através de tratamento. Exigi a cirurgia onde extirpei um rim e recuperei o outro.
O diagnóstico médico era 99% de não sobreviver a cirurgia. Agarrei no 1% no afã de viver e cumprir dignamente essa missão ...
Mas o tormento da morte não parou por aí. Passado um mês, no retorno ao médico, ele sentenciou:
- Você não ficou na mesa de cirurgia , mas não se iluda, pelos seus exames, vc não tem um ano de vida...
Sentença dada o jeito foi me encher de determinação e coragem pra seguir enfrente...
Consultei outros médicos, novos exames, o mesmo diagnóstico persistia...
Sem desistir do tratamento médico.- Agarrei-me na minha fé em Deus, em todos os Santos e tb em algumas crenças. Aquela altura valia tudo...rs
Indicaram - me uma benzedeira em Pouso Alegre - MG - que além de benzer fazia uma "garrafada" milagrosa...
Eram poucos kilometros de estrada, pensei:
- Saiu no domingo bem cedo, pego a Rodovia Fernão Dias vou e volto numa boa não tem erro...rs
Ah, um simples detalhe: rs
A minha CNH estava vencida e os documentos do carro estavam no despachante para renovação da placa.
Mesmo assim, me enchi de coragem e coloquei o pé na estrada...rs
Na volta, perto do meio dia, encontrei um baita congestionamento na estrada, uma viatura veio na minha direção e o guarda se chegou a mim...rs
Consciência pesada! Antes que ele falasse alguma coisa eu abri a carteira com algumas notas de valor alto e ofereci a ele...Ó Deus! rs
Aprumei o peito e perguntei:
- Quanto o Sr. quer pra me deixar seguir viagem pq estou sem os documentos? rs
Ele me mandou encostar o carro e segui- lo até o Posto Fiscal.
Chegando lá ele chamou todo seu efetivo no pateo, me deu a maior bronca, me perguntando quanto eu achava que valia cada divisa da sua farda?
Era um Coronel que passando pelo Posto da Av. Tiradentes, soube do acidente, não conseguindo falar com o efetivo na Estrada, resolveu ir pessoalmente...
Pra mim naquele domingo o Coronel havia brigado com a esposa e chutado o cachorro...kkk
Ele me parou para dizer que havia um acidente grave na estrada mais à frente. rs
Depois da bronca na frente de todos ainda servi de mau exemplo aos guardas que tb foram advertidos...
Fiquei detida, sentada na recepção junto com um senhor bêbado que tb foi detido na estrada...rs
Como se não bastasse a bronca, não parou por aí...
As minhas dores aumentaram eu precisei pedir a chave do carro, para pegar meu estojo de injeção, para me aplicar uma dose de "morfina"...rss
Quase que o Coronel tem um "treco" com o meu pedido...kkk
Perguntou:
- vc sabia que para aplicar entorpecente precisa de autorização policial? rs
Respondi:
- Sei, sim! A autorização está aqui com os devidos registros...rs
Continuei sentada naquele posto fiscal até o fim da tarde aguardando a viatura de Mairiporã, cidade próxima, para nos levar "detidos" pra Delegacia. Eu e o colega infrator bebinho que só...rs
Quando o Coronel foi embora do Posto, deixou ordem para que me dispensassem com as devidas recomendações, prometi não agir mais daquela forma...rs
Até hoje não entendo as divisas das fardas...rs
Garanto que aquele Coronel não me esqueceu tão cedo...rs
Eu continuo VIVA seguindo a minha vida...rs