Buda em 24 horas!
Sou um Buda.
Sim.
Não adianta reclamar.
Sou um Buda.
Uma das minhas filhas, Dê, aos 20 anos, viu-me meditando em uma poltrona na nossa sala. Suspirou profundamente e, passando por mim, disse para a mãe:
- Meu pai é um Buda! Tantos pais por aí: empresários, médicos, engenheiros... E logo eu fui ter um pai Buda!
Aquele comentário, alegre e afetuoso, fez-me rir.
Outra feita, meditava eu no Parque Areião, Goiânia, perto de casa. Estava sentado em um banquinho vendo as ondinhas do lago ao que passa um casal e comenta baixinho não sabendo eles que eu poderia escutar:
- Aqui tem de tudo... Até gente que pensa que é um Buda!
Ouvindo certa feita interessante palestra do Professor Laércio Fonseca (se não conhece, procure saber), contou interessante caso dizendo que Buda costumava perguntar aos seus discípulos:
- Sabem qual a diferença entre vocês e eu? Vou dizer: a diferença é que eu sei que sou um Buda, mas vocês ainda não sabem que são!
Buda é um estado de espírito daquele que busca a elevação espiritual.
O Estado Búdico é um degrau que vamos subindo aos poucos, sendo que também podemos descer e até rolar escada abaixo.
Quando o alcançamos estamos acima de muitas aflições. É como estar pendurado em uma corda fina pela cintura enquanto lá embaixo há um rio cheio de crocodilos.
Melhorando o Estado, vamos subindo mais até alcançar as montanhas, as nuvens, as estrelas...
E você pode alcançar. Sinto-me um Buda, embora não completamente iluminado. Sei que ainda me faltam muitos degraus a subir e ainda posso ouvir os dentes dos crocodilos próximos às minhas carnes.
No entanto, a elevação começa com a aceitação do seu estado superior e a vivenciá-lo apesar das quedas a níveis inferiores poderem ocorrer comumente.
Um Buda cai, mas levanta e sobe novamente.
Quando nunca mais cairmos estaremos no máximo dos níveis búdicos podendo adentrar nos níveis crísticos.
A boa notícia é que você já começou. O fato de ler esse texto prova isso.
Nas próximas 24 horas comece a afirmar-se um Buda até que se torne verdade e somente pare quando sentir que não precisa mais continuar a afirmar.
Maktub!