Trechos de insônia
Acordo e olho para o relógio: duas e dezoito. Viro de um lado para o outro, duas, três vezes e nada de o sono voltar. Acho que vai demorar. Melhor levantar e fazer qualquer coisa que me distraia e faça os olhos pregarem.
Ligo o notebook e enquanto abre o Windows - demora por causa do antivírus - vou prestando atenção no silêncio que é tão intenso que ouço o ruído do trem que já não há. Acho que até as corujas foram dormir.
Tudo pronto, acesso o Recanto, leio poesias, comento algumas, admiro os talentos. Tento escrever alguma coisa, mas a pena trava e os dedos que a seguem, não se movem nas teclas, ficam paralisados sobre algumas letras. Quando muito organizo o pensamento do qual resulta essa crônica que tenta falar de noites parecidas, de mesma insônia repentina. Nelas, no entanto (noites rurais), ouvia os galos cantando e de longe vindo, sons de cachorros latindo.
Acho que não vai dar para terminar, o sono está chegando e uma hora depois já não consigo manter os olhos abertos e o pensamento no lugar. Decido desligar o computador sem fechar esse texto, coisa que só farei amanhã para postar. Será que devo fazer isso? Acho que sim vale como registro e memória de raro trecho de insônia.