SANTA CRUZ, ROGAI POR NÓS!

Quando o dogma é o único fundamento, nem a barbárie é o limite.

Claudio Chaves

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“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, de novo debaixo do sol” (Eclesiastes 1:9).

Apesar de as sucessivas eras ratificarem o determinismo nada otimista do sábio Salomão, não deixa de ser compreensível também o atordoamento e o inconformismo de grande parte do mundo com as demonstrações práticas, claras e propositais de sadismo, crueldade e total ausência de empatia – verdadeira sociopatia – do atual presidente do Brasil.

Há algo de muito positivo nessas reações: a empatia ainda existe entre nós.

Há, por outro lado, algo tão pérfido, mesquinho e perigoso quanto as psicopatias dele: a dissimulação e o egoísmo dos que sempre o alimentaram com seu apoio apenas motivados por interesses próprios ou por sentimentos vis como ódio e vingança. Ele não é a imagem; é apenas o reflexo. A imagem são aqueles que se sentem confortavelmente representados por ele, independentemente de todo o seu histórico.

Não há o que redarguir. O voto nele por desinteresse, ingenuidade ou ignorância foi mínimo. A maioria votou porque se sentiu representada sim.

Entre outras afirmações inequívocas de seus delírios permanentes, se pode destacar:

- afirmar que a ditadura errou por ter apenas torturado e não matado;

- desejar que sua adversária política (Dilma Rousseff) deixasse a presidência por impeachment ou morta por câncer;

- afirmar que não estuprava sua colega de Plenário (deputada Maria do Rosário) porque ela não merecia;

- afirmar que ter gerado uma filha foi dar uma fraquejada;

- homenagear, do Plenário da Câmara, em rede nacional, um agente da ditadura (coronel Brilhante Ustra) por ter torturado Dilma Rousseff;

- dizer que usava o dinheiro da cota parlamentar pra comer gente;

- afirmar que as minorias teriam que se adequar à maioria ou desaparecer;

- que determinados negros não servem nem pra procriar...

Mas para os seus admiradores e defensores, isso foi apenas “umas caneladas”.

Como já afirmei em outro momento, se determinada árvore cresce e frutifica é porque a semente encontrou o solo adequado para germinar, o qual também a alimentará.

Há quem diga que, ao desdenhar publicamente do Dr. Felipe Santa Cruz, presidente da OAB/Brasil, se referindo de forma jocosa à memória de seu pai, ele extrapolou todos os limites. Sem a intenção de corrigir o contestar os que assim pensam, e digo: quando o dogma (religioso ou não) é o único fundamento, nem a barbárie é o limite. A História Universal está aí para nos alertar – ou pelo menos àqueles que acreditam que ela não pode ser reescrita conforme o gosto de cada um!

O presidente da OAB afirmou que ingressará no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o da República.

Aí, surge a incógnita mundial: se Adélio Bispo, que desferiu a facada nele durante a campanha eleitoral, foi considerado inimputável por sofrer de transtorno delirante permanente, se o STF é obrigado a seguir a jurisprudência e dá aos pacientes tratamento isonômico, que juiz se atreverá a condená-lo com todas essas evidências?!

A despeito dessa previsão nada animadora, nesse momento, o Brasil (e parte do mundo) segue confiante no poder de reação do presidente da Ordem, em uma só corrente, pede: [Felipe]

SANTA CRUZ, ROGAI POR NÓS... junto ao STF!