INFÂNCIA
Eu ficava sentada na calçada, folheando um cordel e aprendia a ler em silêncio. A rua sem asfalto, adornada de buracos e pedras; as casas de taipa, cobertas de palhas de babaçu, pareciam tristes ninhos. É como recordo a minha infância. As outras crianças brincavam de roda e sonhavam com a vinda do Papai Noel. Mas, eu só queria aprender a escrever para enviar uma carta para meu pai, não o Noel.