POETA VERÔNICA MARZULLO DE BRITO
PREFÁCIO PARA O LIVRO MOTO CONTÍNUO
DE VERÔNICA MARZULLO DE BRITO
Quando recebi a notícia da premiação de Verônica Marzullo de Brito pelo concurso de poesias da Editora do Carmo, percebi que despontava para o mundo, naquele momento, uma grande poetisa. Conheci Verônica em 2015 e, a partir daí, com o decorrer de nosso relacionamento, vejo a sua poesia em processo de ebulição.
As experimentações que Verônica faz em sua escrita retomam a arte poética proposta por Aristóteles e os grandes poetas clássicos ou árcades, ou parnasianos, e que foi abandonada pelos poetas modernistas.
A febre modernista contaminou poetas e críticos literários; estes, incapazes de avançar além do modernismo e propor uma nova poética. O que Verônica propõe é uma oxigenação da poesia, revitalizando-a com visitações a estilos considerados por muitos como passadistas e ultrapassados.
Tais experimentações podem ser uma nova linguagem poética que dá sinais de vida, num momento em que a mesmice põe em risco a existência e a continuidade da poesia.
Nelson Marzullo Tangerini, escritor.
nmtangerini@outlook.com