Cadeiras

Bozo foi aos EUA, sonho de consumo do tupiniquim. Não lembro o mês, creio que uns quatro meses atrás. Foi tudo bacana, os dois presidentes felizes, sorridentes, amáveis, parecendo que já se conheciam há anos.

Trump ganhou camisa da seleção brasileira.

O presidente ianque, cabeça branca, quis retribuir a gentileza do presidente fundo de quintal. Disse-lhe:----- Olha, temos umas cadeiras elétricas em desuso, são dos anos 1960. São seis cadeiras. Estão boas, funcionando bem... Muitos já sentaram nela, claro, os condenados à morte.

----- OK, excelência, grato pela vossa cordialidade... Mas, sabe, lá no brasil não temos pena de morte, até agora – respondeu o brasileiro.

O ianque: ----- Você é presidente, pode criar [pena de morte] para os comunistas, só para eles, a CIA me informou que o brasil está cheio deles, desses vagabundos.

Eles estão contaminando a América Latina, e não é de hoje. Querem tirar dos ricos e dar aos pobres, como o lendário inglês Robin Hood...

Onde já se viu isso...

Cabelos brancos prosseguiu: ----- Ouvi dizer que até nas forças armadas tem “melancias” – os verdes por fora e vermelhos por dentro. Muito cuidado, amigo.

------ Não, excelência, vos asseguro que não há melancias nas forças armadas, garantiu BZ.

------- Bem, você quer as cadeiras da morte? O gringo perguntou, sério.

------ Para não vos desagradar, excelência, sim, quero. Como vou levá-las?

------- As mandarei num avião cargueiro da US Air Force, as deixaremos em Alcântara (MA), onde será nossa base militar no brasil.

Bem, leitores, isso é uma simples ficção, nada de verdade nessa crônica. Tudo fantasia. Apenas descontração.

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 27/07/2019
Reeditado em 27/07/2019
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