Vale o agora
Recordo um programa de TV, humorístico. O humorista dizia “a vida é curta e isso é muito bom”. É curta mesmo. Devemos, no entanto, ter alma longa, grande, ir além, transpassar nossos limitados limites.
Deixar por aqui lembrança positiva nos outros, os que nos conheceram.
Não sejamos muita preocupação. “Não dê a você demasiada importância”, já ouvi isso em algum lugar. Bem, um dia, não sei quando partirei. Sem volta.
Para onde irei? Não sei. Vou poetizar. Talvez eu vá para uma casa escura, cheia de morcegos, moscas, escorpiões, coisa macabra. Não sei.
Ou para um mal assombrado castelo, ou uma caverna, ser atormentado, sem poder dormir. Não mais comerei pizza, bife a cavalo. Adeus à cerveja, ao futebol, aos gols.
Adeus à TV, aos shoppings, às vaidades. Tchau novelas! Ah! Não mais terei mulheres, que pena, as morenas, louras, negras, ruivas, amarelas.
Perderei seus carinhos, seus beijos. Ficarão elas aqui, para os outros. Não mais votarei em políticos canalhas, ladrões. Nem em presidentes porras-loucas, infames.
Portanto, amigos, amigas, não há amanhã, nem ontem. Não.
Há o agora. Faça do hoje o momento eterno.