O perigo dos radicais
O maior ato de ignorância que um povo pode cometer contra o seu país, é não entender o real conceito de democracia. No Brasil, nas últimas duas décadas esse conceito foi sendo engolido pela construção do radicalismo. Os radicais da ideologia dos governos anteriores, agora encontraram grandes concorrentes.
Se um estudo fosse feito, talvez, chegasse à conclusão que esse ato de ignorância seja a regra em países que saíram da ditadura de décadas e agora estão sem saber o que fazer com a democracia. Neste caso, se deveria tomar como exemplo quem foi exceção. Os chilenos, após Augusto Pinochet.
Sinais perigosos desses embates entre os radicais estão se avolumando. Nem falo das redes sociais. Ali se parecem mais com brigas de adolescentes do tipo “cuspa aqui se for homem”. É nos noticiários da mídia nacional que essa guerra tem se tornado evidente. Mais preocupante ainda. Não sabemos qual lado receberá o apoio do crime organizado. Que eles se aproveitarão dessa guerra para ampliar territórios não tenho dúvidas.
Aonde vemos essas batalhas entre os radicais sendo travadas? Uma das revistas de maior circulação no país entrevista um líder terrorista que revela um plano para matar o presidente do país. Quando ouvíamos falar de terrorismo nossos pensamentos viajavam para os radicais extremistas do outro lado do mundo. Estaríamos criando alguns dentro da nossa própria casa?
Formadores de opinião são impedidos de participarem em eventos por abaixo-assinados. São sumariamente ameaçados por um lado ou outro, dependendo do viés ideológico das suas opiniões. Humoristas são ameaçados por suas sátiras políticas. E o mais assustador. Todos esses atos de radicais encontram apoiadores. Não basta discordar.
Só existe uma forma de criar radicais. É através das lavagens cerebrais. Pode parecer inconcebível, mas essas lavanderias estiveram sempre lotadas nas duas últimas décadas. Para piorar, o advento das redes sociais aumentou a concorrência nas lavagens.
Ainda sem redes sociais, os radicais de esquerda foram financiados e nasceram nas ruas. É sabido quem são eles, o que desejam e como se comportam. Outra característica do radicalismo é se aglutinar em torno de um líder supremo. Sem um líder supremo jamais haveria o 11 de setembro. Aqui no momento, o líder supremo da esquerda está preso.
Os radicais de direita contaram com a ajuda das redes sociais. Com a possibilidade de permanecerem no anonimato. Esses foram os motivos desses radicais prosperarem tão rapidamente. Claro, isto jamais aconteceria sem o aparecimento do líder supremo. Até então, muitos desses radicais eram órfãos até do conceito de direita.
O radicalismo é o câncer das democracias. E pode matá-las pela ignorância!