PARE, PENSE, SÓ UM INSTANTE!!!

... Ontem, me surpreendi ao me ver alguns anos no futuro. Nem tantos anos, mas no futuro. Ri pelo infortúnio da lembrança dos tempos da Faculdade, como éramos felizes e não sabíamos. Guerreávamos por inúmeras razões, ou por razões nunca óbvias, porém, eram razões de picuinhas e “fight´s”. Muitos anos depois e estávamos sentados, alguns amigos daquela época, poucos sobraram é verdade! Estes sabem muito bem quem são, eles estavam comigo. As turmas, turma de Marketing e RH, quem eram os pares, não importa, hoje não importa, se rolou ou não, deixa pra lá! As festas, os cotovelos, nostalgia de um tempo que não volta jamais. Somente lembranças, pequenas lembranças, pois a maioria daquilo que ocupou espaço em nossa vida se foi com o vento do tempo. E hoje o que sobrou. Sobrou o que de fato construímos. Sobrou aquilo que parecia mais torpe e desnecessário. Sobrou apenas a amizade forte e verdadeira! Amizade construída através dos vários meses de convivência diária. Aquilo que pensávamos ser mais importante no fim não era! E se era, acabou não sendo, pois dela não me lembro mais, e é provável que ninguém também não lembre! Quando lem-bro daquele marketing, que é marketing mesmo? Desculpa, esqueci. E RH? – “Recursos humanos!” Responde o aplicado aluno exemplar daquela turma de 2006. Isto mesmo, pelo menos era há alguns anos, já mudou várias vezes. Mas por que havia tantas confusões, este é o motivo de meu riso, não consegui descobrir! Por mais que tente me lembrar! Talvez fossem os professores. Justo! Os professores poderiam bem que levar a culpa nisto tudo. A maioria “nem tava ai pro pagode, mesmo”. Títulos enfraquecidos pela falta de propósito. Mas pensando bem, até faziam seus papéis. Então, o que poderia ser? - Cara, nada dava certo entre aquelas turmas. Somente um milagre para aproximar aqueles gladiadores. Lembrei duma coisa que reuniu os infelizes. Um jogo de futebol. Esta aí, um jogo de futebol. Isto os reuniu todos! Até que enfim uma lembrança que surtiu efeito. Mas o jogo?! Deixe-me ver, acho que também não acabou bem... O marketing acabou estragando a festa massacrando nas modalidades masculina e feminina. Eu era do marketing, nos queríamos vencer todas, e de fato vencíamos. Ops! Será que até a lembrança me faz querer brigar por futilidades? Será que é isso? Futilidades! Esta é a palavra para descrever as razões das diversidades. Que vergonha! Nos julgávamos a classe pensante e nos detonávamos por futilidades. O país indo para o buraco, a faculdade preste a ser reconhecida, mesmo com dificuldades, nós fazendo marketing / rh, mesmo sem saber o que era e como iríamos utilizar no mercado e brigando por futilidades. Quem comeu quem, quem saiu com quem, o que importava. A febre estudantil deixava qualquer um “adolescente”, com a testosterona a flor da pele, isto fazia parte e era muito bom, mas o que mais importava? O que importava realmente estava longe de ser alcançado. Onde estão os 80% daqueles que estavam lá recebendo o diploma de bacharel em Administração com ênfase em MKT ou RH? Tenho contato com uma meia dúzia e os demais? Os demais sumiram, e creio eu, que, com aquela cabecinha oca, estão subalternos até hoje em alguma empresa de fundo de quintal. Se quando estavam nos meios acadêmicos viviam as margens, imaginem depois que passaram a viver as margens? A se eu pudesse voltar naquela época e contar o que aconteceriam anos depois com cada um deles. Ah! Acho que não contaria! Eu não contaria o que aconteceu, mas como evitar que acontecesse o que aconteceu. O futuro vive de relacionamentos. Ser bom o suficiente naquilo que se propõe a ser, deixar de ser mais um. Mas quem é bom sozinho? Reagindo negativamente com todo mundo? Sendo falso e interesseiro o tempo todo? Era preciso fortificar os relacionamentos. Aquilo que eu e que você precisamos pode-ria ser fornecido por alguém, contatos. Aqui, muitos anos depois, só vêem o que já passou e como poderia ser diferente se nós não fossemos tão idiotas e primitivos. Será que adianta contar este episódio a alguém? Acho que não! Chamariam-me de idiota e continuariam medíocres. Só um milagre poderia mudar aquilo que já está feito. Só um milagre!

Gigio, muitos anos depois...

Caper
Enviado por Caper em 26/09/2007
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