Crônica de um ansioso

Já são três horas da madrugada, levanto e bebo água, coloco o celular para carregar, vou ao banheiro e escovo os dentes, apago as luzes e retorno à cama. Passados dez minutos em meio à reviravoltas e pensamentos sobre o amanhã, levanto novamente, pego o celular e começo a navegar na Internet, pesquiso sobre livros, artigos científicos, curiosidades. Vou à geladeira novamente para beber água, ligo o computador e começo a fazer um fichamento. Lembro que preciso enviar um trabalho a um colega, paro por instantes a realização do fichamento e finalizo o trabalho. Em meio a isso, vejo uma chamada para publicação numa revista científica que pode interessar a outro amigo, faço questão de enviar para ele a indicação da publicação. Olho os buracos na parede, lembro que preciso tampar esses buracos com argamassa, depois colocar gesso na parede e pintar. Além disso, reflito sobre concursos públicos, sobre a colega que vi pela tarde e que me fez lembrar os tempos da graduação, reflito sobre o mercado de trabalho, sobre namoro e sobre muita coisa. Não aguento, resolvo escrever sobre esse frenesi, e já são 4 da manhã.