Um olhar sobre nossa beira

Crônica

Um olhar sobre nossa beira

Por Vera Salbego

Domingo, dia iluminado e eu aqui frente a essa folha em branco,desafiada a escrever uma crônica.

Flanar por caminhos desconhecidos e desbravar a palavra, assim nasce um texto. O ponto de partida, minha casa no Jardim Santa Rita, onde pego o carro escutando Belchior e dirijo-me à beira. Aqui faço minhas caminhadas. Olho em volta, vejo o lago tranquilo, deixo a brisa invadir meu rosto, vou andando a procura do ponto ideal para o sol inundar meu corpo e senti-lo forte com seus raios desta manhã. Este lugar é mágico pra mim, tem um encantamento especial.Olhar nossa capital na outra margem do lago exerce um grande mistério e fascínio.

Minha imaginação brota intensa e meu corpo entra em êxtase com essa natureza que me abraça.

Pessoas apressadas, cada uma com seus pensamentos no ritmo de cada passo, vão caminhando lado a lado. Deixo que seus caminhos se distanciem e retomo meu ritmo, planando em minhas reflexoes .

E eu vou levando toda experiência de vida que tenho e vivendo cada minuto precioso que é a vida neste lugar mágico.

Admirar o Santuário que é nossa bela beira, com seu Pier, que hoje infelizmente está um flagelo devido ao descuido dos nossos governos. Nossa bela cidade está tão malcuidada, nossas ruas esburacadas parecendo queijo suíço.

Enfim, vou cair num samba pra não deixar a crueldade da vida me levar às tristezas. Aproveitar que aqui estou na João Pessoa e sambar no ritmo de carnaval e lembrar que outrora nossos carnavais eram aqui. No ritmo da folia vou caminhando e chego ao nirvana o Parque da Juventude, que nos fins de tarde, no horário de verão, muitas famílias prestigiam.

Meu coração bate forte ao ouvir o canto mágico de um pássaro que está em uma árvore, iluminando e trazendo melodia a essa manhã encantada.

Paro e sento no Parque, medito por alguns minutos, faço uma breve aplicação de Reiki. E sigo minha jornada feliz da vida pelas ruas de nossa Guaiba vislumbrando nosso lago com todo seu explendor.

Enquanto tenho saúde, gosto de ter um olhar para a natureza e sentir os pássaros que constroem seus ninhos por aí. E deixam na alma de poeta uma canção: a vida e a esperança de um novo amanhecer.