BATENDO PALMAS
BATENDO PALMAS
Capitão do Mato era a autoridade máxima do país das maravilhas, ele era assim tipo "porrada e bomba" e achava que ordem dada tinha que ser ordem cumprida, parece que ele não assimilava muito bem que nem tudo é preto no branco, assim, o beje e o cinza não constavam da paleta da sua aquarela.
Ele estava acostumado a não ser contrariado, e tinha certezas duvidosas sobre os mais variados assuntos.
Atropelava os protocolos e regras como se fossem "letra morta" e olhava tudo pelo prisma convergente a sua própria opinião.
Mesmo assim era democraticamente idolatrado por muitos, e odiado por outros, tantos, afinal as razões do séquito de fanáticos partidários tinha razões que a própria razão desconhece.
Ele se fazia de desentendido e assim cometia desatinos e perpetrava a instituição de uma leva de pacotes de maldades e outra cositas mais.
Achava que tudo era como ele queria que fosse, tinha uma ideia e a levava a público sem mais nem menos.
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Ele até já havia esquecido, ou preferia não se lembrar, de que havia sido eleito na qualidade de "menos pior" .
Na cabeça dele, achava que tudo podia, inclusive nomear embaixador um escolhido que tinha como atributos o conhecimento do inglês e do espanhol, e alegava que era o candidato perfeito, e único, até pelo fato de que o dito cujo tinha, além do conhecimento dos idiomas, a vivência adquirida em um intercâmbio estudantil.
Acreditem ou não, no país das maravilhas era assim que a banda estava tocando.
E tinha gente que batia palmas pra maluco dançar!
AC de Paula poeta e compositor
#poetaacdepaula.