José Saramago e a sua escrita
Eu acabei de ler Intermitências da morte do grande José Saramago e fiquei pasmado com tanta imaginação do grande escritor lusitano, um cérebro pensante que transformava em arte boa as banalidades da vida mesquinha. Eu não acredito que um leitor assíduo não possa gostar da obra genial do grande romancista português que escreve de maneira simples, contudo sem perder o escopo da grande verdade. O bom leitor encontra pouca diferença na leitura de um livro de José Saramago para outro porque todos eles são bons e de fascinantes leituras. Meu ídolo sempre foi José Lins do Rego, no entanto me alucinei pela escrita do autor de Terra do Pecado e hoje o leio quase que direto. Já comprei O Ano da Morte de Ricardo Reis e vou começar a leitura com muito prazer porque sei que vou encontrar algo belo e verdadeiro. O nosso José Saramago nasceu num lugar pobre, num lugar de gente de pouco cultura, filho de uma mãe analfabeta e de um pai pouco letrado, contudo se tornou famoso depois de quebrar muitas barreiras e mostrar com arte a sua predileção pela cultura nata e fazer o povo tolo acreditar que ele realmente era um homem de letras, e ser realmente aquilo que mais sonhava ser e um dia virar intelectual e famoso beletrista. O nosso grande artista português teve uma vida difícil, no entanto não se calou diante a dificuldade enorme que com a qual se deparou. Eu não nego a minha predileção por José Lins do Rego, porém o nosso José Saramago me convenceu a lê-lo diuturnamente sem nenhuma interrupção e sobretudo pela paixão que tomei pelos seus livros. Eu amo a todos os romances de José Saramago e não faço restrição a nenhum deles. José Saramago foi como eu uma criança pobre, menino que viu de perto a miséria lá em sua terra natal Azinhaga. Meu primeiro contato com a obre de Saramago foi a jangada de pedra que eu li e fiquei meio atônito com tanta imaginação e uma lisura sem igual.