A síndrome do relacionamento âncora
Em um dia qualquer, simplesmente acontece. Duas pessoas, dois corações, dois olhares que se cruzam no meio da multidão. Destino ? Uma profunda conexão é estabelecida, e dá início a uma intensa paixão. A cada mensagem trocada de bom dia, de um eu te amo. A cada reciprocidade no toque, no desejo. A cada borboleta no estômago, arrepio na alma, coração acelerado, mesmo a distância, a sensação e intuição pertinente de preenchimento, e de pertencimento, de se estar vivendo um amor astral de outras dimensões, que transcende as leis da física e da razão.
Tudo é tão gostoso, e perfeito, que parece que será mesmo o tão sonhado "pra sempre", até que os problemas no relacionamento começam a aparecer, e trazem a tona os conflitos internos ainda mal resolvidos de ambos, as diferenças inseguranças, e Imperfeições.
As incertezas assumem o papel principal. Distanciamento e frieza tomam forma. E talvez enquanto um busca diálogar sobre os problemas da relação pra tentar compreender e resolver da melhor forma possível, o outro foge de qualquer tentativa de diálogo.
A forma como lidamos com os relacionamentos hoje em dia, é como lidamos com um celular, um celular que já foi muito útil e bom pra você, mas, com o desgaste do tempo ele começa a apresentar pequenos defeitos e problemas funcionais, e então ao levá-lo na assistência técnica.
Você descobre que tem duas opções, investir nesse celular velho, mas, que já te serviu muito bem, ou jogá-lo fora, e investir seu dinheiro em um modelo mais moderno, com as mais variadas funcionalidades, o que aparenta ser mais atraente e tentador, a princípio, afinal, talvez até mesmo o assistente técnico te incentive que vale mais a pena investir em um modelo mais novo, que custaria o mesmo valor do conserto do seu antigo.
E tem sempre alguém que irá te incentivar justamente a investir em uma nova relação, do que salvar a atual. Afinal, é o que a maioria das pessoas escolhem no final das contas. Porque vivemos em uma geração que na busca incessante pelo amor, pela sua alma gêmea, alguém especial com quem possa compartilhar a vida, tem se optado pelo atalho mais fácil. E as vezes as consequências dessa escolha são as típicas decepções.
Então você escolhe desistir, e alguns dias ou semanas depois rapidamente já embarca em uma nova relação. Talvez porque esteja tão confusa, pois; sabe que viveu algo tão intenso e profundo como nunca antes, mas, começou a dar errado, e inconscientemente sem perceber você usa essa pessoa como uma âncora, um apoio para suprimir a frustação da relação anterior. Na tentativa de esquecer, e sentir algo novo.
O que é irresponsável, e perigoso tanto pra você, quanto pra outra pessoa envolvida, que ambos podem sair mais machucados, pois; o mais sábio a se fazer seria você buscar um tempo pra si mesma, pra se autoconhecer, resolver seus conflitos internos, se encontrar com seu amor próprio, e fazer as pazes com ele, aprender a apreciar mais a sua própria companhia. Pois; quando se aprende a apreciar sua própria companhia, então você entende que só você é responsável pelo sua felicidade, e não projeta mais suas frustrações, ou expectativas no outro, você é suficiente pra você mesmo, então se torna independente emocionalmente, e mais Autoconfiante. Assim, se têm uma relação de pessoas inteiras, que não se completam, pois; já são, apenas, se transbordam.
Enfim a vida é feita de escolhas, e você tem o total direito de escolher o que achar melhor pra você, apenas compreenda, que um amor astral não acontece do dia pra noite, ele muito provavelmente vêm de vidas passadas, e o Universo conspira para esse reencontro de almas nessa atual vida.
Da mesma forma, não é da noite pro dia que se esquece um amor tão profundo e intenso como esses mergulhando de cabeça em uma nova relação.
Estamos acostumados a uma cultura de idealização do amor perfeito. Temos a tendência de nos maravilhar com os inícios, com as conquistas, com o sentimento de realização, mas, nos frustar com os meios, como quando a monotonia no relacionamento chega trazendo também as crises na bagagem.
Ansiamos tanto por um amor com quem tenhamos uma conexão mental e de alma, compatibilidade na relação sexual, que quando esse amor chega, mas, com algumas Imperfeições, e os problemas vêm a tona, o que deveria ser visto como uma provação até mesmo para tornar a relação mais forte e sólida. Pois; uma relação sem conflitos, é uma relação superficial, rasa, vazia, efêmera, que como um castelo de areia, qualquer vento derruba.
Mas, nos mostramos que não estamos preparados pra lidar com essa provação, e então, vamos atrás dos aparentemente perfeitinhos "kens" ou das "Barbies".
Ah, quando foi que nos tornamos tão céticos no Amor ? Assistimos novelas, lemos livros que contam lindas historias de pessoas que lutam pra ficarem juntas. Mas, esquecemos das histórias reais de nossos ancestrais, de homens que lutaram nobremente quando vinham seus amores nos braços de outros contra sua própria vontade, forçada pelos interesses egoicos de seus pais. O verdadeiro romantismo. A luta por um querer absurdamente belo de duas almas que ansiavam uma pela outra.
Quando foi que nos tornamos tão egoístas, preguiçosos, e medrosos, incapazes de lutar por esse amor que nos preenche e nos aquece tão doce e gentilmente o coração e a alma, mesmo que imperfeitamente !?
Talvez nessa nova relação, essa pessoa preencha todos os requisitos para um companheiro aparentemente ideal, tem um trabalho, é independente, apresenta ser estável em todos os aspectos, te faz bem. Mas, felicidade não se planeja.
E a pergunta é, será que ele a conhece e entende tão bem os seus gostos, sonhos e propósito ? Será que ele a ouve falar sobre seus objetivos e anseios com tamanha devoção e admiração ?
Será que ele te apresenta coisas novas.
Te faz pensar e te ajuda a se descobrir através disso ? Será que ele te apoia, e te lembras do quanto és forte, mesmo quando tu duvidas de ti mesmo ?
Será que ele é totalmente transparente com você, te mostrando quem ele é em essência, sem máscaras, te mostrando toda sua intensidade, suas qualidades, fraquezas e imperfeições ?
Será que ele te acompanharia em uma exposição numa galeria de arte, num workshop sobre a carreira pela qual você sonha, na ioga, pilates, ou em qualquer outro lugar que você gosta, e que talvez ele não goste tanto ?
Será que ele seria capaz de te deixar usá-lo como modelo para experimentar seus cosméticos da beleza, ou o machismo, da masculinidade tóxica e frágil dele falaria mais alto ?
Será que essa pessoa seria capaz de tudo isso por você, de te amar incondicionalmente com todas suas Imperfeições, como o amor imperfeito, mas, verdadeiro, é capaz, do qual você abriu mão ?
Desistir de uma relação que chegou em um estado conflituoso e delicado, é como se ter uma rosa e não perceber que quando ela começa a murchar, é quando justamente está te dando os sinais de que ela precisa mais da suas doses diárias de carinho, atenção e compreensão.
Não existe relacionamento que resista sem diálogo. Sem esse comprometimento de se buscar compreender as diferenças, limitações e dificuldades um do outro, sem ignorar e fugir. Uma relação sem o comprometimento do diálogo diário, é como uma flor que se não regada todos os dias, simplesmente morre tão rápido quanto nasceu.
E a dor dessa perda pode ser devastadora.
Em um dia qualquer, simplesmente acontece. Duas pessoas, dois corações, dois olhares que se cruzam no meio da multidão. Destino ? Uma profunda conexão é estabelecida, e dá início a uma intensa paixão. A cada mensagem trocada de bom dia, de um eu te amo. A cada reciprocidade no toque, no desejo. A cada borboleta no estômago, arrepio na alma, coração acelerado, mesmo a distância, a sensação e intuição pertinente de preenchimento, e de pertencimento, de se estar vivendo um amor astral de outras dimensões, que transcende as leis da física e da razão.
Tudo é tão gostoso, e perfeito, que parece que será mesmo o tão sonhado "pra sempre", até que os problemas no relacionamento começam a aparecer, e trazem a tona os conflitos internos ainda mal resolvidos de ambos, as diferenças inseguranças, e Imperfeições.
As incertezas assumem o papel principal. Distanciamento e frieza tomam forma. E talvez enquanto um busca diálogar sobre os problemas da relação pra tentar compreender e resolver da melhor forma possível, o outro foge de qualquer tentativa de diálogo.
A forma como lidamos com os relacionamentos hoje em dia, é como lidamos com um celular, um celular que já foi muito útil e bom pra você, mas, com o desgaste do tempo ele começa a apresentar pequenos defeitos e problemas funcionais, e então ao levá-lo na assistência técnica.
Você descobre que tem duas opções, investir nesse celular velho, mas, que já te serviu muito bem, ou jogá-lo fora, e investir seu dinheiro em um modelo mais moderno, com as mais variadas funcionalidades, o que aparenta ser mais atraente e tentador, a princípio, afinal, talvez até mesmo o assistente técnico te incentive que vale mais a pena investir em um modelo mais novo, que custaria o mesmo valor do conserto do seu antigo.
E tem sempre alguém que irá te incentivar justamente a investir em uma nova relação, do que salvar a atual. Afinal, é o que a maioria das pessoas escolhem no final das contas. Porque vivemos em uma geração que na busca incessante pelo amor, pela sua alma gêmea, alguém especial com quem possa compartilhar a vida, tem se optado pelo atalho mais fácil. E as vezes as consequências dessa escolha são as típicas decepções.
Então você escolhe desistir, e alguns dias ou semanas depois rapidamente já embarca em uma nova relação. Talvez porque esteja tão confusa, pois; sabe que viveu algo tão intenso e profundo como nunca antes, mas, começou a dar errado, e inconscientemente sem perceber você usa essa pessoa como uma âncora, um apoio para suprimir a frustação da relação anterior. Na tentativa de esquecer, e sentir algo novo.
O que é irresponsável, e perigoso tanto pra você, quanto pra outra pessoa envolvida, que ambos podem sair mais machucados, pois; o mais sábio a se fazer seria você buscar um tempo pra si mesma, pra se autoconhecer, resolver seus conflitos internos, se encontrar com seu amor próprio, e fazer as pazes com ele, aprender a apreciar mais a sua própria companhia. Pois; quando se aprende a apreciar sua própria companhia, então você entende que só você é responsável pelo sua felicidade, e não projeta mais suas frustrações, ou expectativas no outro, você é suficiente pra você mesmo, então se torna independente emocionalmente, e mais Autoconfiante. Assim, se têm uma relação de pessoas inteiras, que não se completam, pois; já são, apenas, se transbordam.
Enfim a vida é feita de escolhas, e você tem o total direito de escolher o que achar melhor pra você, apenas compreenda, que um amor astral não acontece do dia pra noite, ele muito provavelmente vêm de vidas passadas, e o Universo conspira para esse reencontro de almas nessa atual vida.
Da mesma forma, não é da noite pro dia que se esquece um amor tão profundo e intenso como esses mergulhando de cabeça em uma nova relação.
Estamos acostumados a uma cultura de idealização do amor perfeito. Temos a tendência de nos maravilhar com os inícios, com as conquistas, com o sentimento de realização, mas, nos frustar com os meios, como quando a monotonia no relacionamento chega trazendo também as crises na bagagem.
Ansiamos tanto por um amor com quem tenhamos uma conexão mental e de alma, compatibilidade na relação sexual, que quando esse amor chega, mas, com algumas Imperfeições, e os problemas vêm a tona, o que deveria ser visto como uma provação até mesmo para tornar a relação mais forte e sólida. Pois; uma relação sem conflitos, é uma relação superficial, rasa, vazia, efêmera, que como um castelo de areia, qualquer vento derruba.
Mas, nos mostramos que não estamos preparados pra lidar com essa provação, e então, vamos atrás dos aparentemente perfeitinhos "kens" ou das "Barbies".
Ah, quando foi que nos tornamos tão céticos no Amor ? Assistimos novelas, lemos livros que contam lindas historias de pessoas que lutam pra ficarem juntas. Mas, esquecemos das histórias reais de nossos ancestrais, de homens que lutaram nobremente quando vinham seus amores nos braços de outros contra sua própria vontade, forçada pelos interesses egoicos de seus pais. O verdadeiro romantismo. A luta por um querer absurdamente belo de duas almas que ansiavam uma pela outra.
Quando foi que nos tornamos tão egoístas, preguiçosos, e medrosos, incapazes de lutar por esse amor que nos preenche e nos aquece tão doce e gentilmente o coração e a alma, mesmo que imperfeitamente !?
Talvez nessa nova relação, essa pessoa preencha todos os requisitos para um companheiro aparentemente ideal, tem um trabalho, é independente, apresenta ser estável em todos os aspectos, te faz bem. Mas, felicidade não se planeja.
E a pergunta é, será que ele a conhece e entende tão bem os seus gostos, sonhos e propósito ? Será que ele a ouve falar sobre seus objetivos e anseios com tamanha devoção e admiração ?
Será que ele te apresenta coisas novas.
Te faz pensar e te ajuda a se descobrir através disso ? Será que ele te apoia, e te lembras do quanto és forte, mesmo quando tu duvidas de ti mesmo ?
Será que ele é totalmente transparente com você, te mostrando quem ele é em essência, sem máscaras, te mostrando toda sua intensidade, suas qualidades, fraquezas e imperfeições ?
Será que ele te acompanharia em uma exposição numa galeria de arte, num workshop sobre a carreira pela qual você sonha, na ioga, pilates, ou em qualquer outro lugar que você gosta, e que talvez ele não goste tanto ?
Será que ele seria capaz de te deixar usá-lo como modelo para experimentar seus cosméticos da beleza, ou o machismo, da masculinidade tóxica e frágil dele falaria mais alto ?
Será que essa pessoa seria capaz de tudo isso por você, de te amar incondicionalmente com todas suas Imperfeições, como o amor imperfeito, mas, verdadeiro, é capaz, do qual você abriu mão ?
Desistir de uma relação que chegou em um estado conflituoso e delicado, é como se ter uma rosa e não perceber que quando ela começa a murchar, é quando justamente está te dando os sinais de que ela precisa mais da suas doses diárias de carinho, atenção e compreensão.
Não existe relacionamento que resista sem diálogo. Sem esse comprometimento de se buscar compreender as diferenças, limitações e dificuldades um do outro, sem ignorar e fugir. Uma relação sem o comprometimento do diálogo diário, é como uma flor que se não regada todos os dias, simplesmente morre tão rápido quanto nasceu.
E a dor dessa perda pode ser devastadora.