VELHO ÁLBUM
Revendo os meus alfarrábios, me deparei com aquele velho álbum de fotografias, registros de toda uma vida, quantos momentos lindos vividos que ficaram perdidos no estreito caminho das lembranças envoltos na poeira do passado. Momentos que não se esquece registrados no click mágico de uma máquina fotográfica, testemunha ocular de tantos sonhos que em parte se tornaram reais, outros ficaram adormecidos no meio do caminho.
Eu me encontrei com a infância tão distante, quando corria desordenamento pelas vielas do bairro onde morava perseguindo na minha inocência aquela borboleta azul que havia roubado a flor mais linda do meu jardim, lembro ainda, me esparramei pelo vale verde das minhas esperanças e ela se foi voando livre bailando graciosamente para outros caramanchões. E, as surpresas vão se sucedendo, ah, minhas tranças douradas, que minha mãe tão bem sabia tecer, retratadas naquela foto, que mesmo em preto e branco, percebia-se a cor dos fios dos meus cabelos, de olhar amendoado, cor de mel, contemplando o encanto da cidadezinha onde nasci, na região do Seridó do Rio Grande do Norte, onde a magia do luar tinha um resplandecer diferente, um espetáculo da natureza, quando os seus raios prateados refletiam nas cinzentas serras tornando-as um cenário místico de beleza arquitetônica, escultura perfeita, divina, que jamais poderia ser esculpida por seres humanos.
Quantas recordações permanecem vivas naquelas fotografias já desbotadas pelo tempo, mas cheias de histórias, de fatos antigos que já nem me lembrava mais que os tinha vivido, hoje vejo que permanecem cada vez mais marcantes na memória e neles encontro o referencial para os meus futuros passos. Viajo por épocas distintas, de sucessivas emoções que marcaram à minha vida. Sigo folheando minhas origens, incontestável acervo que me revela uma trajetória pontilhada pelos anseios de descobrir o desconhecido mundo da felicidade.
Sinto uma incontida lágrima rolando pelo meu rosto a fora ao me deparar com uma realidade para qual não estava preparado para vivenciá-la, diante mim uma moldura já enxovalhada pelo tempo, talvez, seja um dos poucos registros da família reunida, pois, logo em seguida meus pais se separaram e a fonte cristalina que alimentava meus desejos de um dia encontrar a tão sonhada felicidade parou de jorrar.
Então, decido encerrar a casual retrospectiva que fiz pelos atalhos da minha existência. Eu só espero que um dia quando os meus filhos tiverem acesso ao álbum da minha vida o conteúdo das suas páginas revele o verdadeiro sentido de viver; retratados na: pureza do amanhecer; na exuberante beleza de um pôr do sol de uma tarde partindo; no fascínio sedutor da noite em seu reinado absoluto, no indescritível brilho do olhar de cada um deles iluminando a fotografia da minha vida, razão maior da minha existência, e só então terei encontrado a felicidade plena.
Eu me encontrei com a infância tão distante, quando corria desordenamento pelas vielas do bairro onde morava perseguindo na minha inocência aquela borboleta azul que havia roubado a flor mais linda do meu jardim, lembro ainda, me esparramei pelo vale verde das minhas esperanças e ela se foi voando livre bailando graciosamente para outros caramanchões. E, as surpresas vão se sucedendo, ah, minhas tranças douradas, que minha mãe tão bem sabia tecer, retratadas naquela foto, que mesmo em preto e branco, percebia-se a cor dos fios dos meus cabelos, de olhar amendoado, cor de mel, contemplando o encanto da cidadezinha onde nasci, na região do Seridó do Rio Grande do Norte, onde a magia do luar tinha um resplandecer diferente, um espetáculo da natureza, quando os seus raios prateados refletiam nas cinzentas serras tornando-as um cenário místico de beleza arquitetônica, escultura perfeita, divina, que jamais poderia ser esculpida por seres humanos.
Quantas recordações permanecem vivas naquelas fotografias já desbotadas pelo tempo, mas cheias de histórias, de fatos antigos que já nem me lembrava mais que os tinha vivido, hoje vejo que permanecem cada vez mais marcantes na memória e neles encontro o referencial para os meus futuros passos. Viajo por épocas distintas, de sucessivas emoções que marcaram à minha vida. Sigo folheando minhas origens, incontestável acervo que me revela uma trajetória pontilhada pelos anseios de descobrir o desconhecido mundo da felicidade.
Sinto uma incontida lágrima rolando pelo meu rosto a fora ao me deparar com uma realidade para qual não estava preparado para vivenciá-la, diante mim uma moldura já enxovalhada pelo tempo, talvez, seja um dos poucos registros da família reunida, pois, logo em seguida meus pais se separaram e a fonte cristalina que alimentava meus desejos de um dia encontrar a tão sonhada felicidade parou de jorrar.
Então, decido encerrar a casual retrospectiva que fiz pelos atalhos da minha existência. Eu só espero que um dia quando os meus filhos tiverem acesso ao álbum da minha vida o conteúdo das suas páginas revele o verdadeiro sentido de viver; retratados na: pureza do amanhecer; na exuberante beleza de um pôr do sol de uma tarde partindo; no fascínio sedutor da noite em seu reinado absoluto, no indescritível brilho do olhar de cada um deles iluminando a fotografia da minha vida, razão maior da minha existência, e só então terei encontrado a felicidade plena.