SURPRESA É SURPRESA
Já atuei em diversas áreas, em muitos locais. Assessorei diversos departamentos de estatais. Aposentado, dedico-me a utilizar do que aprendi nos cursos de Letras e de Jornalismo. Lancei dez livros e faço reportagens para uma revista periódica D’Kás.
Outro dia, fui convidado por colega jornalista, lotado no Departamento de Comunicação de uma empresa multinacional japonesa, instalada numa área nobre da Paulista. A sede já impressiona, logo no saguão. Explica-me que a empresa possui cerca de cinquenta funcionários de diversas especialidades: engenheiros, advogados, informática. O ramo não cito por motivos éticos.
Num corredor extenso, há uma espécie de auditório. No fundo, um painel gigante, todo digitalizado, bastante iluminado, enfocando os nomes de vinte funcionários que conseguiram cumprir a meta mensal, em ordem classificatória. Mensalmente é alterado. Cada felizardo que consegue ter seu nome citado ali, recebe um bônus significativo.
Gostaria de trabalhar ali? Tenho minhas dúvidas. É muito estressante. A pressão exercida pelos superiores não é nada amena e em linguagem bastante autoritária, típica de empresário japonês ,segundo opinião ouvida com bate-papo informal com alguns técnicos.
É o capitalismo selvagem. Que diria Marx de tudo isso?