Esplêndido
Ando por uma rua, inicia a manhã, é sábado.
Vejo uma criança, ela brinca, corre, sorri. Quanto isso é esplêndido – é vida, felicidade.
Sigo, um avião cruza o céu, barulhento. Um jardim, flores, o vento as balança. Casas de portas fechadas. Muros e portões.
Seus moradores devem estar dormindo, ou tomando banho – não sei.
Talvez tomando café.
Uma borboleta, colorida, voa, sem pressa, sem destino. Sinto, ela está feliz.
Queria ser como ela, despreocupada, livre.
As árvores sonolentas, preguiçosas. Na calçada um cachorro deitado, os pombos se movimentam – apressados. Vou em frente. Ouço cantos de aves. Que suavidade, paz.
Barulho de carros me agitam, me tiram a harmonia mental.
Alguém abre a porta, um desconhecido. Me olha - lhe desejo um bom dia.
Piso na grama do canteiro. Penso: “Quão belas são as manhãs, esse magnífico sol, as nuvens. Deus, somos felizes e não sabemos desfrutar dessa imensa alegria!”.
Sigo. E para trás ficaram as flores, os portões, a borboleta, a criança.