O DITADOR E O IDIOTA
Observando as atitudes do presidente Jair Bolsonaro em coletivas para a imprensa brasileira, percebe-se um traço de personalidade que se alimenta do negativismo e da barbárie.
Bolsonaro se expõe para ser vaiado, xingado, para ser ofendido. O seu campo de atuação é dentro da linha da tortura e do extermínio. O torturador nunca é amado.
Ele sempre contradiz o bem-estar social com declarações reacionárias e antipopulares, como ser favorável ao trabalho infantil, retirar as terras dos índios, acabar com as cotas para negros nas universidades.
O caráter perverso do torturador exulta quando é agredido pela oposição, pela parcela da sociedade por quem nutre ódio de classe, como os homossexuais, os índios, os negros e nordestinos.
Quando participa de cerimônias fora de seu quadrado, como na reunião do G20, Bolsonaro se sente 'peixe fora d'água' , sabe que ali não pode exercer sua doentia atração pelo revés.
Nestas ocasiões o presidente consegue articular uma forma de, não podendo ser ditador, de ser um idiota. Foi o que vimos no 'bandejão' de Davos', e recentemente no vídeo em que se impressionava com as bijuterias de nióbio no Japão.
Bolsonaro é um homem-bomba, não adianta atirar para matar porque ele está ali para morrer; não adianta apupar porque ele está ali para ser humilhado.
A apoteose do tirano são as vaias, porque elas são o resultado de seus atos, é a prova de que está no caminho certo, que está incomodando fazendo as coisas de modo a contrariar quem se opõe a ele.
Os brasileiros levaram ao poder um doente social, um sociopata, que é o raio-x de uma elite individualista e soberba e de uma classe média egoísta e burra.