A Copa América tem Brasil. Aliás, foi aproximadamente há um ano atrás que estávamos juntando as camisas do Brasil. Uns juntando os cacos, outros lágrimas, outros destroços, outros vitórias. Mas apesar de tudo, o último jogo do Brasil na Copa do Mundo foi surpreendente se compararmos o desenvolvimento do time à nação brasileira e suas mazelas. Faz saber:
É, Alisson, ao ceder uma entrevista à época, afirmou que os jogadores fizeram todos os esforços necessários, mas infelizmente o resultado não tinha sido favorável ( tá tranquilo, tá favorável). É Alisson, discordei, aliás fazia tempo que não via o time brasileiro (jogadores) se esforçar como devia. Aquela espécie de amor á camisa, de necessidade de mostrar serviço, de orgulho (sem palavras, mas com atitudes). Vi uma espécie de mosca azul voando nos vestiários (já rondava a mala de alguns há mais de 4 anos), não era bom sinal, a doença era inevitável, poder e status traziam estas consequências.
O Neymar vinha de um tratamento de lesão grave e estava há três meses sem treinar, mas isso não contribuiu para sua postura egocêntrica nos primeiros jogos, dramatizando os lances e prontamente se jogando no chão, mesmo que não fosse apenas no sentido nato da palavra. E não tem sido diferente nos dias de hoje, as capas que o trazem como destaque são de "lances" fora do campo. Não é Pelé, não tem coroa de rei, mas arbitra um status de ídolo.
O Gabriel Jesus, não se encontrou naquele maldito jogo, entre bates e rebates, se viu ali, diante do alvo como se fosse um peru e perdeu a bola, as bolas, o tempo, a verdade; Peu de novo! Na área.
O Fernandinho, coitado, foi usado pelo universo para “dar a César o que é de César”, foi um erro fatal (custou o choro da repórter , a dor de uma mãe) e isso o levou para fundo do poço, onde encontrou um nível tão baixo de “gente”, que de lá partiram para suas redes sociais disseminando o ódio contra a raça, a cor, a pessoa. Quem não se lembra do gol contra? Contra o próprio time, um tiro no pé. Este é o retrato do Brasil, se você não cola, logo descola, despenca e o povo vai lá ajudar a enterrar, mais a alma (quem dera o problema do time fosse apenas o Fernandinho);
O Marcelo foi uma, duas, três, quatro, diversas. Chutou muito, correu demais (mais atrás do prejuízo), mas era ele e a bola, a bola e ele, numa relação pra lá de apaixonante, afinal estava distante dela há algum tempo e a fome era sua parceira (era um espécie de reunião do congresso em que um mísero deputado luta para defender um direito e não aparece ninguém pra acompanhá-lo no voto);
O Philipe Coutinho que lançava tão bem, foi lançado (laçado, marcado, amarrado). E a sorte não o visitou. É tipo assim, cara: você está na fila pro transplante de órgãos há 3 semanas, mas quando enfim consegue chegar, morre de insuficiência renal crônica, o tempo urge.
O Douglas Costa entrou. Era uma carta na manga. O antibiótico necessário, não funcionou com aquele “vírus”, eram grandes, pernas largas, jogavam bola e sabiam de suas peculiaridades e são espertos, afinal o Brasil ajudou bastante;
O Thiago Silva estava apagado, não esperava tomar um gol, quem diria dois? (In)Defesa? 
Daí como última cartada, era Renato e ele levou a bola nos pés e gol! Parecia carregar em si o peso da “mala extraviada” ainda no primeiro voo.
Mas o Brasil corria (desesperadamente) contra o tempo, contra um time, contra o gol, atrás da bola. 
Tentou usar a “rodovia gramada” mas dava de cara com barricada preparada com fogo(laranja), luz(amarela) e vazio(negro). Driblar os obstáculos era improvável diante das máquinas modernas que eram e dos problemas técnicos que apresentavam as suas (tanta lesão, Cassemiro com cartão). Além do mais, não compreendiam a importância do comboio, neste caso e individualmente tentavam, mas o medo, o desespero e a culpa os pesaram, prensaram. E está lá mais um corpo estendido no chão.
É... O Brasil não investiu em educação e perdeu a copa (será que o contrário o faria campeão?). Estamos diante de um em (passe).
Os melhores jogadores do mundo, os mais premiados, os mais visados, os passes mais caros, mas não deu...
No fundo, bem no fundo, já sabiamos o resultado, inevitável, porque bola se joga no campo e futebol não vive só de sorte e oração, mas de técnica e “seleção”. Não devem vencer os melhores? Ou cabe jeitinho brasileiro disfarçado de corrupção também no esporte? cabe também rios de dinheio desviados para a Copa. Que Copa? Que copa!
Mas por que então torcer pro Brasil? Porque apesar de tudo, o povo se veste de esperança (put’s e ainda bem) pra não perder a “viagem” nesta terra de índios, na qual, nem o futebol nos enche mais os olhos de felicidade (sem contar a fábrica de memes e a garantia de nova coreografia na quadrilha: lá vem o Neymar e a garotada cai no chão e faz charme)... 
Traz a taça! De vinho, é claro... Porque no final, não era só futebol, era família reunida, era povo rindo, era camisa amarela (nem que fosse por dois tempos de 45 minutos e alguns acréscimos). Acabou! Não a copa, mas a nossa esperança de devolver pra Alemanha (nem que fosse por Sedex) a nossa garganta entalada e o nosso grito de vitória e superação. Quem sabe Quatar, quem sabe catar...
Mas enquanto isso, vamos de(s)colando sem Neymar numa competição das Américas. O Técnico Titi que adora uma fórmula matemática, feito Zagalo, disse em entrevista que tudo está a seu favor, liberando o 13 como marca, seus 58 anos e o Brasil nunca perder a copa das Américas quando sedia
. O que esperar desse jogo então? Que o Peru seja apenas uma seleção para competir no futebol e que o termo pejorativo não abra mão para o nosso lance, porque o universo conspira a favor daqueles que fazem o bem... Será? Vai ter taça? Tomara que não seja feito peru de Natal: congelado.
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 07/07/2019
Reeditado em 08/07/2019
Código do texto: T6690329
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