Diálogos universitários

Diálogos universitários

- Professor, você vai dar alguma coisa assim importante, hoje?

- Nada de importante, como sempre. Pode ir.

- Professor, o que vai cair na prova?

- Depende do lugar em que você se sentar: pode cair uma placa do teto, uma luminária ou mesmo um ventilador, se você se sentar junto à parede.

- Professor, o que vai cair na prova?

- Suas lágrimas amargas.

- Professor, posso fazer a prova de lápis?

- Faça primeiro a prova de Psicologia. Depois, você procura a sala onde é feita a prova de Lápis.

- Não entendi!

- Por que você não dá um trabalho? O professor João dá trabalho para ajudar na nota.

- Eu não dou trabalho porque você já me dá muito trabalho.

- Professor, a prova é em dupla?

- Sim. Você e Deus.

- Professor, eu não entendi a questão três.

- Então responda a quatro.

- Professor, é para responder tudo?

- Não. Só o que você souber.

- Professor, isto tudo é para mim responder?

- Mim não responde.

- Ah, fala, vai.

- Não é “para mim responder”. É “para eu responder”.

- Professor, aqui é aula de Psicologia, não de Comunicação.

- Professor, por que você me deu falta, se eu estava na aula?

- Porque você não respondeu a chamada.

- Mais eu não ouvi você me chamar.

- Mas. É “mas”. Experimente assistir às aulas sem os fones.

- Professor, eu queria uma aula mais agitada.

- No fundo do corredor, à direita: sala de aeróbica.

- Professor, tem que ler tudo isto?

- Depende de quanto você espera obter na prova.

- Professor, preciso de um pontinho.

- Ambulatório de pequenas cirurgias.