Sanguinários
Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele. Martin Lhuter King,
Nos anos 90 ao ler o livro “Brasil Nunca Mais”, que gerou o movimento: “ Tortura Nunca Mais.”senti comoção e revolta. As barbaridades foram muito além do que pressupunha meu Q I imaginário. De suas páginas ouvi gritos e gemidos de dores, pareciam que as páginas do cruel relato, estavam manchadas de sangue. Numa produção macabra de aparelhos e técnica de torturas físicas e mentais; “Pau de arara” “Cadeira do Dragão” “ Choques elétricos.” Senti a angustia dos familiares com seus (desaparecidos), senti a tristeza dos velórios de mortes arranjadas, um verdadeiro prantos de lágrimas. Tudo isso em nome da Segurança Nacional, na verdade era um teatro macabro, pois torturadores faziam parte do clamor popular sobre o comunismo, era a horda despolitizada, com informações da Rede Globo que apoio o golpe, colocando na cabeça dos analfabetos políticos, (o perigo vermelho).
Os perseguidos, torturados e assassinados lutavam por terras para trabalhar, casas para morar, mas para empresários e latifundiários eram movimentos comunistas. Então instituíram no Brasil um verdadeiro banho de sangue. Sofremos com uma revolução que não houve, que muitos juristas a chamaram de Golpe. Deu certo a maldade para um povo que não informa, não luta e não lê.
Naquela época o comunismo e o socialismo eram os inimigos do Poder na América Latina. Há um saudosismo dos sadistas daqueles tempos cruéis.
Os inimigos dos operários e dos pobres continuam em voga; capitalismo selvagem disfarçado de realidade.
O sonho do operariado é que tenhamos banho de democracia e cidadania. Precisamos nos revolucionar pelo voto politizado e consciente.
Lair Estanislau Alves.