Crônica. A gente vai
Crônica
Todo dia a gente vai.
É comum aos que trabalham sair todas as manhãs ou tardes para o trabalho nos dias letivos. O dia todo com os colegas, com as atividades. Entre uma situação e outra, uma piada, um gracejo, risos e risadas, afinal é sempre bom misturar humor a vida.
Se tem por certo retornar ao lar e nesse vai e vem a vida vai sendo vivida.
A gente vai, também, à igreja nos dias de culto reatar a aliança espiritual. Afinal, ninguém é santo toda hora nem o tempo todo.
A gente vai também à Praia, piscinas, balneários, bares, cabarés, casas de shows, festas e outros entretenimentos corriqueiros do dia a dia de cada um.
A gente vai a, até mesmo, velórios de amigos, familiares, etc. .
Sempre voltamos de onde fomos e sempre nos encontramos com nosso íntimo familiar.
A vida passa, os anos voam e nessa siranda de ida e vinda, nesse respirar incessante da vida, pouco paramos para refletir na última dia. Aquela da qual nunca voltaremos.
A gente vai a última ida de qualquer forma ou jeito e não tem jeito de voltar.
Uma doença, um suicídio, uma barruada, uma parada cardíaca, uma queda, uma facada, uma bala perdida ou endereçada, são coisas, situações que podem selar a nossa última ida.
Aquela ida que vc não vai. De todas as idas que vc fez a última é a única que vc não vai. Te levam. Te levam e te colocam naquele lugar do qual nunca voltará.
Talvez seja por isso que você não volta. Porque, na prática, vc não foi.
Adeus, irmã Marleia!