CRÔNICAS

PROSELITISMO HERMENÊUTICO

Estamos numa era, onde as pessoas falam o que querem e como querem interpretar suas opiniões. Mas, diga-se de passagem, que, hoje os discursos são quase sempre no “achismo” pela falta de embasamento, conhecimento e provas que todo o fato exige para se tornar verdade, ainda que, no âmbito popular.

Percebe-se que, isso acontece via de regra, no meio político. As autoridades representativas do povo, que, os elegeu, usam desses artifícios da “hermenêutica”, sem os cuidados da devida interpretação dos fatos, ou das leis e ainda das regras que regem determinados aspectos das lides políticas, que envolvem o conhecimento do povo.

Haja vista, no caso das propostas da reforma da previdência, esse fato acontece com frequência. A maioria dos Senadores e Deputados, quando discorrem sobre essa pauta o fazem com proselitismos hermenêuticos, ou seja, sem a devida interpretação que a matéria exige.

Nas questões da jurisprudência a coisa fica ainda mais caracterizada. O Supremo Tribunal Federal é contumaz nessa prática. Ao arrepio das leis, os togados brincam com as palavras, mas, deixam à revelia suas reais e corretas interpretações, quando o cerne das questões são LEIS!

Os atuais entraves na votação das propostas da Reforma da Previdência decorrem muitas vezes, pela errada “interpretação de textos legais”, provocando dessa forma, atrasos na votação!

No âmbito das Comissões, o problema se agrava mais ainda. Relatores e componentes dessas comissões divagam e se perdem, nas definições assertivas, pela falta de interpretação das questões...

A mídia, que tem o dever de levar à opinião pública sobre definições e conclusões sobre as explicações corretas, também fazem da hermenêutica, uma ferramenta de má informação, pela ausência da correta interpretação, do que seria a verdade fática.

Enfim, como disse no início, é uma ferramenta que viciou-nos culturalmente, a emitir conceitos e preconceitos aleatórios, sem a preocupação da interpretação correta e convincente dos fatos.

“Achismos” são exemplos desse proselitismo hermenêutico, que grudou na nossa cultura, e, desgasta a verdade verdadeira daquilo, que, se está propondo, nas tentativas da explicação, notadamente quando está endereçado à opinião pública!

Quando se assiste nos telejornais, as entrevistas ou mesmo nas tribunas, frequente assistirmos esses tipos de proselitismo, cada um levando para o seu lado... E não se chega ao senso comum, na busca das definições de caráter político. Nas duas Casas do Congresso, isso é notório. Não se pode descartar essa ocorrência também no STF, que é expert na utilização da “hermenêutica da jurisprudência”!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 26/06/2019
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