Esposa/companheira, ou mãe?

Depois dizem que nós, mulheres, é que gostamos de reclamar. Não sei bem como o papo começou, mas quando chegou aos meus ouvidos, dois machos alfas falavam sobre os mimos recebidos de suas mamães:

-... pois é, quando “ela” não estava em casa foi uma beleza, minha mãe trazia as coisinhas (lanchinhos, docinhos, bebidinhas) aqui no sofá pra mim e fez várias comidinhas que gosto...

-... “cara” a minha mãe era assim, quando eu queria comer um mingauzinho era só pedir e esperar ele chegar às minhas mãos. Era dizer que estava com vontade de comer tal coisa e “pir-lim-plim-plim” o prato estava pronto...

Dai fiquei pensando o quanto o homem vê sua mãe na esposa/companheira.

Claro que depende da mãe. Eles não devem gostar da mãe repressora, mandona, brigona, só adoram aquelas docinhas, servis, abnegadas...

Eu não enganei, pois quando no primeiro encontro com minha sogra ela disse que todas as manhãs levava o primeiro cafezinho na cama para seu filhotinho, disse logo de cara que então poderíamos ter problemas, pois não me imaginava fazendo isso. Minha criação foi diferente. Receber alguns mimos da minha mãe só quando estava doente e olhe lá, mas pensando bem, sempre tive a impressão que minha mãe tratava meus irmãos com mais zelo. Será que é isso? As mães tratam os filhos homens com mais mimos?!

Na conversa fiquei em dúvida se fui e sou uma boa mãe, pois levar “coisinhas” na cama para meus filhos só quando estavam ou estão dodói. Talvez por que tivemos a Vó Ivete que paparicava a todos.

Fico imaginando: quem sabe ainda tenho tempo de me redimir quando for avó? Posso paparicar meus netos e netas, mas sem discriminação de sexo, igualzinho para todos!

Claro que me meti na conversa dos dois machos-alfa e chegamos a conclusão que na vida a dois os mimos devem ser bem divididinhos, sob pena de alguém sair magoado, já que não somos mãe e pai um do outro e sim esposa/companheira marido/companheiro e, nesta convivência a relação precisa ser diferente, se não a vida a dois pode ser cheia de mimimi e não de pir-lim-pim-pim!

Tânia França
Enviado por Tânia França em 23/06/2019
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