ACHANDO ÁGUA COM FORQUILHA
Cheguei no mês de julho na minha nova agência do BB. A agricultura e a pecuária eram a atividade predominante.
Como é de praxe, fui visitar as propriedades. Já não chovia há muito. Pelas estradas encontrava corpos de animais jogados. Perguntei ao Fiscal que me acompanhava. Qual era o motivo, pois nunca tinha deparado com tal panorama. Morreram de sede. As propriedades estão sem água. Os poços que possuem mal dão para uso das famílias.
Aproveitei a visita para inculcar a ideia de perfurarem poços semiartesianos. Resolveria o problema da seca. Financiaríamos por uns bons anos. E, assim, procurei uma empresa para tal serviço.
Na primeira perfuração, fui averiguar a execução do serviço. Antes de instalar as maquinarias, era preciso encontrar o ponto exato onde está a corrente de água, me explicou o técnico da empresa. E isso era efetuado por um senhor, possuidor de sensibilidade, munido de uma forquilha de árvore. Ele percorria o terreno ao redor. Se a varinha vibrasse, podia-se cavar ali que jorraria água.
Sorri amarelo, não acreditando na história. Mas o técnico desafiou-me: indique o local que perfuraremos. Caso não jorre água em 20 metros, você pagará as despesas...
Porém, não é que perfuraram uns trinta poços, encontrando o líquido sempre no local indicado, com profundidade aproximada de vinte metros.
Naquele tempo não havia a internet. Hoje você acha até livro sobre o assunto e indicação de como escolher a varinha...