Tempo do ronca
Não tem jeito: sou mesmo um homem do tempo do ronca. Um sujeito que, à luz da razão da modernidade, é um caso perdido.
Digo isso porque, pasmem, ainda preservo valores que estão fora da moda, caso da honra (que acho ser a poesia do dever). a palavra empenhada, o sentimento e a emoção da solidariedade como filosofia de vida e ainda creio na utopia de um mundo novo sem explorados e nem exploradores. Mas um costume à antiga, a religiosidade, não pratico, embora me considere cristão, rezo, mas não em igrejas e templos, mas como Jesus ensinou, sozinho e com a porta do quarto trancada.
Apesar de ser uma espécie de dinossauro nunca fui, graças a Deus, preconceituoso e nem falso moralista. No entanto não concordo com a explicitação pública, essa forçada de barra, de chocar os mais conservadores. Para que essas demonstrações públicas de sexo?Acho que o sexo é algo íntimo,particular, onde vale tudo, desde que não haja violência. Para que explicitá-lo em público com demonstrações em público?Sexo é descoberta, prazer íntimo dos que se amam e se desejam. exo, enfiim, como diz a cação é ´poesia e carnaval.
Mas, repito, sou apenas um homem do tempo do ronca, um véio meio caduco. Um sujeito, pasmem outra vez, que ainda manda flores para a sua amada. Juro. Inté.