GOLPES EM BANCOS

Ocorrem, raramente, mas ocorrem. De caso concreto, não o que ouvi falar, de boato. Ainda há pouco sacaram da minha conta lá em Fortaleza, numa loteca, R$10.500,00 em 30 parcelas de R$350,00. Segundo apurei, sem cartão, sem senha. Serviço interno. Noutra ocasião, já aposentado, uma senhora idosa, professora de japonês, procurou-me pedindo para ajudá-la. Sua filha, trabalhando no Japão, iria mandar-lhe, mensalmente, certa importância. Fui com ela, abrimos a conta, pegamos o talonário de cheque. E orientei-a para que deixasse o excedente na poupança. Mas uma determinada manhã, ela procurou-me um tanto assustada. Mostrou-me o extrato da poupança. Tinham debitado R$7.500,00. Ela não havia sacado, já que só utilizava o cheque. Pedi a cópia do documento do saque. Vendo-o, alegou que não era sua a assinatura. O caixa que efetuou o pagamento e alguns colegas diziam ser autêntico o documento. E me criticaram, dizendo que estava colocando a idoneidade deles em dúvida. Fiz uma carta à gerência, pedindo que o documento fosse submetido à perícia técnica em Brasília. Poucas semanas após, veio a resposta. A assinatura era imitação grosseira. Até, hoje, há colegas que me olham de maneira enviesada...

Trabalhando na Superintendência éramos obrigados a ler o relatório dos inspetores sobre as agências visitadas. Assim há caso de saque indevido do PIS por um caixa. Uma ordem de pagamento também recebida pelo caixa, apesar de estar em nome de terceiro. História insólita aconteceu durante aquela inflação galopante, quando qualquer aplicação no over rendia bom dinheiro. Umas funcionárias, às sextas-feiras, transferiam para suas contas valores de clientes e aplicavam até a segunda. Na segunda, faziam o estorno. Um inspetor achou estranho tanto estorno e resolveu verificar o que ocorria. Ninguém diz o que aconteceu com esses funcionários.

A respeito de saques irregulares narrados pela mídia que estariam ocorrendo em uma agência local, se é realmente verídico, e se fosse o juiz, não condenaria a acusada pelo desvio, mas sim pela burrice...