Cheiro de pele

"cê quer conhecer o céu sem sair da terra?

Morar na sua mente

Só pra provar que Deus é onipresente"

E nem Djonga conseguiria explicar cada detalhe de ter o cheiro da pele do outro.

Nossa transa começou na primeira troca de olhares, o primeiro sorriso trocado em meio há tanta gente já deixou o som dos futuros afagos reverberar. Sua voz estremeceu minhas pernas na primeira vez que, lentamente, recitou meu nome, seu gemido então... Já não podia explicar uma ação tão potente num corpo sensível que se fazia o meu.

Porra, só mais um pouco.

Ele sequer uma vez gozou sozinho. Revolução é achar alguém que te satisfaça do começo ao fim e quando não em sintonia, te faz estar junto de outras formas. Ter alguém que fale as maiores sacanagens com você durante o dia abrindo caminhos para que a noite não tenha nenhuma fissura.

NÃO SE TREPA EM QUINZE MINUTOS.

Nossa transa começa quando ele abre a porta e nossos sorrisos saltam, começa nos dedos pela nuca fazendo do pseudocumprimento uma chance de excitação. A água que ele me oferece, o carinho na nuca, o cafuné pós-sexo e nosso sono que vem juntinho após um dia cansados.

Faz um tempo que larguei mão da monogamia. Temos outros alguéns, tenho outros corpos e outros cheiros. Mas o dele prevalece há tanto tempo que viramos um só. Uma vez por semana. Uma mensagem. Uma troca de olhares e semanas depois estávamos juntos.

"E ai, está por aqui?"

Classicisa
Enviado por Classicisa em 18/06/2019
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