COACHING
Devido à complexidade da minha condição, a equipe da comunidade convidou um coaching para fazer o acompanhamento. Eu não tirava a barba e nem cortava o cabelo. Usava óculos. O rosto cavernoso passava um amontoado de informações. Sentia sem dignidade. O sol a pino me deprimia. Sensação de que era o pior de todos. Ó céus... Pensava que o caso não tinha solução. Consegui ficar por três meses sem ser notado. Não perceberam que nunca havia aberto a janela do quarto. Enclausurava dentro da minha própria caverna. Sem vida social, era jantar e deitar. Jamais entrei na sala de TV. Não recebia visitas. Fazia lá as minhas leituras. Mas somente autoajuda. Não tinha força suficiente para os afazeres. Agia lentamente. Tomava um coquetel de medicamentos. Cheguei a contar nove. Mas tinha ainda um, que era uma bandinha. De repente, o mais perigoso. No quinto mês, conheci o coaching. Logo de cara me apresentou uma foto dele barbudo e disse que sempre gostou de usar. Aquela atitude de levar a foto e deixar implícito que barba para ele era coisa do passado me tocou profundamente. Eu tirei a minha barba. Ficou evidente que me escondia por detrás dela. As pessoas ficavam maravilhadas com a jovialidade de meu rosto. Ele trouxe a roda da vida. Uma avaliação de satisfação relacionada com meu aspecto pessoal, profissional, de relacionamentos e qualidade de vida. Aquela roda da vida ia sendo colorida a cada encontro e os resultados iam florindo. Trouxe a tríade do tempo. Uma bateria de perguntas para distinguir importância, urgência e circunstância na minha vida. O papel do coaching foi fundamental! Percebi a magia que existia. Não era o fato daquele distinto senhor, ser graduado no Instituto Brasileiro de Coaching. O segredo era a experiência de vida. A espontaneidade de falar e tratar comigo como se o fizesse com o próprio filho. Aprendi que cada um de nós reúne condições de ser técnico. Repassando ao próximo aquilo que dá certo. É assim que os pais fazem aos filhos. Avós aos netos. Professores aos alunos. O acompanhamento transforma-se em amizade. E o que antes parecia impossível hoje se chama gratidão.
Devido à complexidade da minha condição, a equipe da comunidade convidou um coaching para fazer o acompanhamento. Eu não tirava a barba e nem cortava o cabelo. Usava óculos. O rosto cavernoso passava um amontoado de informações. Sentia sem dignidade. O sol a pino me deprimia. Sensação de que era o pior de todos. Ó céus... Pensava que o caso não tinha solução. Consegui ficar por três meses sem ser notado. Não perceberam que nunca havia aberto a janela do quarto. Enclausurava dentro da minha própria caverna. Sem vida social, era jantar e deitar. Jamais entrei na sala de TV. Não recebia visitas. Fazia lá as minhas leituras. Mas somente autoajuda. Não tinha força suficiente para os afazeres. Agia lentamente. Tomava um coquetel de medicamentos. Cheguei a contar nove. Mas tinha ainda um, que era uma bandinha. De repente, o mais perigoso. No quinto mês, conheci o coaching. Logo de cara me apresentou uma foto dele barbudo e disse que sempre gostou de usar. Aquela atitude de levar a foto e deixar implícito que barba para ele era coisa do passado me tocou profundamente. Eu tirei a minha barba. Ficou evidente que me escondia por detrás dela. As pessoas ficavam maravilhadas com a jovialidade de meu rosto. Ele trouxe a roda da vida. Uma avaliação de satisfação relacionada com meu aspecto pessoal, profissional, de relacionamentos e qualidade de vida. Aquela roda da vida ia sendo colorida a cada encontro e os resultados iam florindo. Trouxe a tríade do tempo. Uma bateria de perguntas para distinguir importância, urgência e circunstância na minha vida. O papel do coaching foi fundamental! Percebi a magia que existia. Não era o fato daquele distinto senhor, ser graduado no Instituto Brasileiro de Coaching. O segredo era a experiência de vida. A espontaneidade de falar e tratar comigo como se o fizesse com o próprio filho. Aprendi que cada um de nós reúne condições de ser técnico. Repassando ao próximo aquilo que dá certo. É assim que os pais fazem aos filhos. Avós aos netos. Professores aos alunos. O acompanhamento transforma-se em amizade. E o que antes parecia impossível hoje se chama gratidão.