Rever um lugar bucólico e votar na dignidade da pessoa humana
São 10h55 de 7 de outubro de 2018, dia de eleições federais e estaduais. Acordado em casa no momento apenas eu. A Câmelha é mesária e meus filhos Daniel e Samuel, como se fossem riquinhos, ainda dormem; meu filho Douglas mora em Belém. Acabei de fazer o almoço e me sento à frente do computador, pela segunda vez hoje, na minha sala residencial de estudos, a minha querida baguncinha particular que chamo de biblioteca. Vou escrever uma crônica.
Estou muito feliz, pois, permitindo Deus, irei votar daqui a pouco, num lugar cuja paisagem o faz bonito e agradável, a Folha 8 e adjacências, no bairro da Nova Marabá. É um lugar idílico, um locus amoenus, no qual fica a Escola Municipal de Ensino Fundamental “Odílio da Rocha Maia” e funcionam várias seções da 23.ª Zona Eleitoral, no Município de Marabá, dentre outras, a 587.ª Seção, em que exerço o meu direito de votar.
A Folha 8 e folhas adjacentes, não obstante se tratar de um núcleo urbano até bem povoado, constituem um locus amoenus, um lugar bucólico, com suas lindas árvores, vales e morros povoados de gente, passarinhos e, por certo, pequenos outros animais, como quatipurus e camaleões, à margem do Rio Tocantins. As vias são pavimentadas, já faz algum tempo, e até bem edificadas por casas residenciais, pequenos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço, mas isso não lhes retira o bucolismo. Muitas casas de algumas das folhas ficam de frente para o rio.
Amo ir votar lá, para rever a paisagem e me lembrar dos anos em que morei nas proximidades do bosque do Campus II da então Universidade Federal do Pará, hoje Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Romântico, eu me afeiçoo e me apego a lugares, pessoas e instituições. Assim, todo dia de eleição, dada a distância do lugar onde moro, penso em transferir o meu título, mas, quando chego lá e revejo tudo, abandono a ideia de transferência e resolvo continuar votando no mesmo local.
Transferi meu título eleitoral, de Xinguara para Marabá, tão logo aqui tomei posse e entrei em exercício, no dia 1.º de abril de 1998, como servidor concursado da Câmara Municipal. Como morava na Folha 10, puseram-me para votar na Folha 8, na Odílio da Rocha Maia, e lá permaneço, embora tenha mudado, em 31 de dezembro de 2001, para a casa própria, no bairro das Laranjeiras, a mais ou menos vinte quilômetros de distância, um bom pedaço para percorrer.
Pois bem, daqui a pouco estarei lá, votando. Meu voto para presidente da República já foi expresso muitas vezes, ao longo dos dias, no meu perfil do Facebook e não mudei de ideia, por convicção e em homenagem a duas entidades que não se curvaram à ditadura no período pós-1964, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Igreja Católica Apostólica Romana. Sou advogado e, conquanto seja evangélico, não posso jamais omitir a louvável posição da Igreja Católica à época, o que infelizmente não posso dizer da Igreja Presbiteriana do Brasil, minha denominação, nem em relação à época nem agora.
Como advogado, votarei em defesa da dignidade da pessoa humana e do progresso, com o realce dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, bem como da busca de uma sociedade livre, justa e solidária, que – sem matar os pobres – atue de fato e de direito para erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, na forma da Constituição de 1988, a Constituição Cidadã de Ulysses Guimarães.
São 10h55 de 7 de outubro de 2018, dia de eleições federais e estaduais. Acordado em casa no momento apenas eu. A Câmelha é mesária e meus filhos Daniel e Samuel, como se fossem riquinhos, ainda dormem; meu filho Douglas mora em Belém. Acabei de fazer o almoço e me sento à frente do computador, pela segunda vez hoje, na minha sala residencial de estudos, a minha querida baguncinha particular que chamo de biblioteca. Vou escrever uma crônica.
Estou muito feliz, pois, permitindo Deus, irei votar daqui a pouco, num lugar cuja paisagem o faz bonito e agradável, a Folha 8 e adjacências, no bairro da Nova Marabá. É um lugar idílico, um locus amoenus, no qual fica a Escola Municipal de Ensino Fundamental “Odílio da Rocha Maia” e funcionam várias seções da 23.ª Zona Eleitoral, no Município de Marabá, dentre outras, a 587.ª Seção, em que exerço o meu direito de votar.
A Folha 8 e folhas adjacentes, não obstante se tratar de um núcleo urbano até bem povoado, constituem um locus amoenus, um lugar bucólico, com suas lindas árvores, vales e morros povoados de gente, passarinhos e, por certo, pequenos outros animais, como quatipurus e camaleões, à margem do Rio Tocantins. As vias são pavimentadas, já faz algum tempo, e até bem edificadas por casas residenciais, pequenos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço, mas isso não lhes retira o bucolismo. Muitas casas de algumas das folhas ficam de frente para o rio.
Amo ir votar lá, para rever a paisagem e me lembrar dos anos em que morei nas proximidades do bosque do Campus II da então Universidade Federal do Pará, hoje Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Romântico, eu me afeiçoo e me apego a lugares, pessoas e instituições. Assim, todo dia de eleição, dada a distância do lugar onde moro, penso em transferir o meu título, mas, quando chego lá e revejo tudo, abandono a ideia de transferência e resolvo continuar votando no mesmo local.
Transferi meu título eleitoral, de Xinguara para Marabá, tão logo aqui tomei posse e entrei em exercício, no dia 1.º de abril de 1998, como servidor concursado da Câmara Municipal. Como morava na Folha 10, puseram-me para votar na Folha 8, na Odílio da Rocha Maia, e lá permaneço, embora tenha mudado, em 31 de dezembro de 2001, para a casa própria, no bairro das Laranjeiras, a mais ou menos vinte quilômetros de distância, um bom pedaço para percorrer.
Pois bem, daqui a pouco estarei lá, votando. Meu voto para presidente da República já foi expresso muitas vezes, ao longo dos dias, no meu perfil do Facebook e não mudei de ideia, por convicção e em homenagem a duas entidades que não se curvaram à ditadura no período pós-1964, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Igreja Católica Apostólica Romana. Sou advogado e, conquanto seja evangélico, não posso jamais omitir a louvável posição da Igreja Católica à época, o que infelizmente não posso dizer da Igreja Presbiteriana do Brasil, minha denominação, nem em relação à época nem agora.
Como advogado, votarei em defesa da dignidade da pessoa humana e do progresso, com o realce dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, bem como da busca de uma sociedade livre, justa e solidária, que – sem matar os pobres – atue de fato e de direito para erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, na forma da Constituição de 1988, a Constituição Cidadã de Ulysses Guimarães.