OS FANÁTICOS DE ONTEM, OS DE HOJE E OS DE AMANHÃ

Quando criança, eu ficava indignado com o fanatismo religioso imposto por algumas religiões, sobretudo, pela proibição de seus fiéis a assistirem TV's. Algumas pessoas, sequer, tinham esse tipo de aparelhos em casa. Seus filhos, crianças como eu, de vez em quando, às escondidas, iam na minha casa assistir "Vila Sésamo", "Perdidos no Espaço", "Terra de Gigantes", entre outros programas saudáveis, mas com muito medo de seus pais descobrirem.

Na minha mocidade, acompanhei fanáticos por futebol brigando, a pauladas, por causa de seus times. Alguns, mais exaltados, discutiam, de forma pouco convencional, até com seus próprios irmãos, amigos, pais e mães, em virtude deles não serem torcedores de seus gostos futebolísticos; um absurdo!

Agora, na minha idade adulta, com muito pesar, vejo pessoas extremamente fanáticas, ofendendo os outros por causa de seu fanatismo por política, um fanatismo deveras insano, idolatrando seus "lideres" como se fossem heróis ou semi-deuses; uma aberração inquestionável que beira a ignorância e o compromisso com a saúde mental de seus cérebros cauterizados. Parece que este último tipo de fanatismo é o mais terrível em comparação com os demais, pois gera uma imbecilidade sagaz, daquilo que se pode compreender como menosprezo à inteligência alheia.

Para terminar minha introspecção de ideias e relacionamentos de períodos vividos por mim, em relação às pessoas, tomara que, quando chegar minha idade mais madura, não venha a vislumbrar esses fanáticos atuais, brigando nessas mesmas redes sociais, meramente para demostrar quem tem o melhor de todos os geriatras ou, quem sabe, o psiquiatria mais renomado entre tantos, transformando-os em super heróis; verdadeiros "salvadores" da pátria ou, quem sabe, "salvadores" do que restou de suas mínimas capacidades de racionalidade, bem como, de puro e, quase extinto, bom senso!

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